O educador e ativista Leonardo Colutt denunciou ao Ministério Público do Trabalho (MPT) a diretora de uma Escola Municipal de Educação Infantil (EMEI) de Campo Grande por suspeitas de prevaricação e tentativa de ocultação de provas em processo administrativo. A gravidade das acusações resultou na instauração de um inquérito civil para apurar os fatos.

Segundo Colutt, a gestora teria agido de forma deliberada para obstruir denúncias sobre irregularidades na administração da unidade. “Estamos lidando com uma tentativa clara de encobrir a verdade. A diretora não apenas negligenciou seus deveres legais, como tentou manipular o processo, escondendo documentos e dificultando o acesso à informação”, declarou.
A denúncia, sustentada por relatos de servidores e documentos internos, aponta ainda práticas de assédio institucional, omissão de deveres funcionais e uso do cargo para fins pessoais. Para o educador, a medida busca proteger a integridade da comunidade escolar e garantir que princípios da administração pública sejam respeitados.
“Não há espaço para conivência com abusos dentro da educação. A escola deve ser um ambiente de respeito, transparência e compromisso com a verdade. Quem se cala diante da injustiça, se torna cúmplice dela”, afirmou Colutt.
📌 *Recurso em Brasília contra arquivamento posterior*
O caso ocorre paralelamente a outro episódio envolvendo a EMEI Aloína de Oliveira Soares, no qual Colutt denunciou assédio moral, perseguição e discriminação. No meio do trâmite processual desse caso, o educador acionou o MPT para ampliar a apuração. Ainda assim, o inquérito foi arquivado e o arquivamento homologado.
Diante da decisão, Colutt entrou com recurso junto à Procuradoria-Geral do Trabalho e ao Conselho Nacional do Ministério Público, em Brasília, buscando reabrir a apuração em âmbito nacional.
A defesa sustenta que houve falhas processuais, como o indeferimento de testemunhas-chave e suposta retaliação a uma coordenadora que depôs a seu favor. Se necessário, o caso poderá ser levado a organismos internacionais de direitos humanos.
A Prefeitura de Campo Grande não se manifestou sobre o novo inquérito nem sobre o recurso apresentado.