O ex-prefeito Maurilio Ferreira Azambuja e o ex-secretário de finanças do município Lenilson Carvalho Antunes, estão na lista dos presos da Operação Dark deflagrada nesta manhã pela Dracco (Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado). A investigação é sobre o desvio de R$ 23 milhões de cofres públicos da cidade de Maracaju, a 160 quilômetros de Campo Grande.
Além deles, Daiana Cristina Kuhn, que já foi Secretária Municipal de Administração, Iasmin Cristaldo Cardoso, que atuou como Diretora do Departamento de Tesouraria, Pedro Emerson Amaral Pinto – da Tapeçaria Lobo, Fernando Martinelli Sartor, que atuou como Assessor Especial de Gabinete e mantém ainda ao menos um contrato de R$ 60 mil com a Prefeitura para sublocação de parte da Fazenda Serrinha e Moisés Freitas Victor, pelo prazo de cinco dias.
Também foi determinado o bloqueio de bens e outras medidas cautelares decididas pela Justiça.
Os investigados são servidores públicos que atuaram no alto escalão do executivo municipal nos anos de 2019/2020, bem como, empresários e empresas.
Investigação
A polícia descobriu a criação de uma conta bancária de fachada, diversa da oficial e não declarada aos órgãos de controle interno e externo do município, por onde foram promovidos mais de 150 repasses de verbas públicas em menos de 1 ano. A partir de negócios jurídicos dissimulados, integrantes do alto escalão da prefeitura emitiram mais de 600 lâminas de cheques, que totalizaram mais de R$ 23 milhões, a empresas, sem qualquer embasamento jurídico para amparar os pagamentos.
Muitas das empresas beneficiárias dos valores não mantinham relação jurídica com a prefeitura – licitação, contrato ou meio legal que amparasse a transação financeira. Além disso, não havia emissão de notas fiscais e os valores não eram submetidos a empenho de despesas.
Alvos foram encontrados no Paraná. As ações se desdobram em Maracaju, Corumbá, Ponta Porã e Campo Grande e envolveram 60 policiais civis do Estado e ainda na cidade de Umuarama-PR.