De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde, a dor de cabeça ou cefaleia afeta mais de 90% da população mundial. Quando a dor deixa de ser pontual para se repetir com frequência, unilateral e pulsátil, é conhecida como enxaqueca. A cefaleia e a enxaqueca são coisas diferentes, mas podem causar confusão na hora do diagnóstico.
As dores de cabeça podem ser primárias ou secundárias. As do primeiro tipo, não possuem nenhuma causa grave por trás e o diagnóstico é feito por uma consulta com um neurologista. A secundária, pode esconder alguma doença, como por exemplo, sinusite viral, bacteriana, tensão cervical e até mesmo causas mais graves, como Acidente Vascular Cerebral ou meningite.
O neurologista do Hcor, Dr. Denis Bichuetti, explica que muitas pessoas acreditam que possuem enxaqueca e alerta sobre os sinais de atenção. “As doenças têm diferenças. A enxaqueca é caracterizada por aparecer predominantemente em um lado da cabeça em forma de pulsos. Geralmente, é uma dor que começa moderada e vai se intensificando, fazendo com que a pessoa perca produtividade”, alerta.
Além desses sinais, é importante ressaltar que grande parte das pessoas apresenta um incômodo maior quando em contato com luz e barulho, com náuseas e até mesmo vômitos. “Crises de enxaqueca podem durar entre 4 e 72 horas e são diagnosticadas a partir de um exame clínico normal. Se a ressonância magnética ou tomografia não apresentar nenhuma alteração, indicamos a realização de consulta com um profissional para investigar o tipo e comprometimento da dor”, explica o Dr. Denis.
A enxaqueca também pode ser de origem genética, ou seja, as chances de desenvolvimento são maiores quando a pessoa possui algum parente com a doença. Porém, existem fatores comportamentais que aumentam o risco. “Privação do sono, sedentarismo, alimentação não balanceada e alto nível de estresse podem provocar as primeiras crises e torná-las crônicas em algum momento”, aponta.
De acordo com Dr. Denis, quando a enxaqueca é diagnosticada corretamente, é possível oferecer a melhor proposta terapêutica que se adeque ao diagnóstico do paciente. O primeiro passo é o tratamento adequado com remédio na dose correta, visando amenizar a crise. “Existem ainda os tratamentos preventivos, que são medicamentos para tratar outras doenças, mas que ajudam na prevenção das crises. De qualquer maneira, o auxílio de um profissional é imprescindível, tanto para indicação da melhor terapia quanto para o acompanhamento em longo prazo”, finaliza.