Na tribuna, durante a sessão plenária mista desta quinta-feira (17), o deputado estadual João Henrique (PL) defendeu o direito do povo brasileiro se manifestar por mudanças na política brasileira. “Proponho aqui uma moção de congratulação às nossas Forças Armadas e ao movimento que está nas ruas de todo o Brasil. Eles percebem que algo de errado está acontecendo. Há censura prévia, acusações ao movimento e limitação de liberdade expressão das pessoas que estão trazendo ideias”, explicou.
“As autoridades devem orientar qual é o melhor caminho, e não suprimir. Ter cuidado ao intitular de golpe um movimento. Existe uma pequena diferença entre golpe e revolução. Se as autoridades interferem na vontade popular, é golpe; mas, se isso partir da população, isso é uma revolução”, considerou o deputado João Henrique.
João Henrique falou sobre a diferença de votos entre os candidatos. “A diferença entre o candidato que venceu é pequena em relação ao presidente Jair Bolsonaro [PL]. E se somarmos quem se absteve, e quem votou nulo e em branco, somos 74% de brasileiros que não votaram no presidente eleito, no Lula [PT], portanto somos maioria. Reivindico aqui a plenitude da liberdade de expressão dos movimentos, serei aqui a garantia e o escudo, se preciso, para que vocês possam se manifestar, resistir e continuar a fazer aquilo que vocês acham que é certo”, ressaltou.
O deputado Pedro Kemp (PT) fez um contraponto ao que foi dito na tribuna nesta manhã. “O Brasil é pautado por uma Constitução Cidadã, somos um Estado que optou pela democracia, temos uma Constituição baseada na garantia dos direitos fundamentais. Não podemos admitir que os inconformados com o resultado peçam a ruptura do que está estabelecido no Direito. Eu respeito as instituições e poderes constituídos, o texto contido na Carta Magna baliza tudo isso. Abaixo as manifestações golpitas”, declarou.
Manifestações
Após a realização do segundo turno das Eleições 2022, no dia 30 de outubro, iniciaram em quase todos os estados do Brasil manifestações contrárias ao resultado das urnas. Os manifestantes pedem intervenção militar no País. Aqui em Campo Grande, estão acampados em frente ao Comando Militar do Oeste (CMO).
Agência ALEMS.