O forte vendaval, acompanhado de uma tempestade de areia e chuva de granizo em algumas regiões de Mato Grosso do Sul causou tremendos estragos não só nas ruas, com quedas de árvores por todo lado, mas também nos estabelecimentos comerciais e residências que foram destelhadas. Ao contrário das catástrofes que aconteceram pelo estado, a Cidade Zigurats permaneceu intacta e não foi prejudicada pelo temporal, isso porque as cúpulas são feitas de estruturas robustas e aerodinâmicas que resistem às mudanças climáticas.
De acordo com pesquisas realizadas pela Associação Dakila, as construções das casas redondas com telhados em abóboda são seguras, confortáveis e oferecem resultados muito precisos em termos científicos, pois possuem uma resistência ao ar e uma excelente distribuição de forças, capaz de suportar fortes ventos e terremotos, adaptando-se bem em cenários climáticos mais drásticos, como o que aconteceu na última sexta-feira (15).
Ao contrário das tradicionais residências retangulares, as cúpulas permitem que o vento e as ondas passem livremente em volta da casa, e não geram movimentos de pressão atmosférica que, normalmente, levam a falhas estruturais e destroem habitações. Casas circulares são montadas por um número maior de pontos interconectados, tornando suas articulações mais flexíveis e mais fortes que as das construções retilíneas.
A arquitetura, que para muitos é diferenciada, traz o resgate de pesquisas arqueológicas e antropólogas, com conceitos mais modernos, que seguem os padrões geométricos da natureza e são feitas para habitar pelos próximos 3.600 anos ou mais. Telmo Flores é construtor em Zigurats e explica que as cúpulas além de serem resistentes a tempestades, também são mais sustentáveis e cada casa possui uma beleza única.
“Para levantar as paredes e fazer o reboco usamos o saibro na composição, uma areia argilosa que se aplica em argamassas, além disso, de certa forma economizamos em materiais de construção já que toda a cúpula é feita de tijolo maciço. A captação de água também é inteligente, sendo a entrada natural canalizada para o reservatório e a rede de esgoto dividida em duas partes: uma é a fossa de evapotranspiração [um método super ecológico e não contamina o meio ambiente], e as águas que saem das pias a gente aproveita para manter o terreno umedecido por um sistema de dreno”, explica Telmo.
O teto em abóbada, também feito de tijolos, é revestido por manta asfáltica que serve como impermeabilizante e protege a construção de fenômenos climáticos. Além disso, as casas possuem exaustor que auxilia na troca de temperatura interna, deixando-as mais frescas. A espessura das paredes e o tijolo maciço também ajuda a manter uma temperatura mais estável dentro do ambiente.
“Zigurats foi muito bem planejada e ao contrário do que muitos dizem, de que somos uma cidade que espera o fim do mundo, nós prezamos pelo bem-estar dos moradores, pela qualidade de vida, prosperidade, crescimento e evolução. Somos mais do que uma Cidade, somos uma família que cresce cada dia mais. Ter uma casa redonda em Zigurats foi a melhor escolha que já fiz em habitação”, finaliza Telmo.
Assessoria.