O mês de janeiro é marcado pelo Janeiro Branco, uma campanha que chama a atenção da sociedade para refletir sobre a saúde mental e a importância de prevenir doenças emocionais. Tudo isso pensando em garantir bem-estar e mais qualidade de vida às pessoas.
A data escolhida faz referência ao início do novo ano, quando as pessoas normalmente planejam o futuro, listam metas e fazem um balanço das promessas que não conseguiram cumprir no ano anterior. Com isso, muitos se frustram e acabam abalados emocionalmente.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 300 milhões de pessoas sofrem com algum problema emocional no mundo todo, e esse ano, com a pandemia da Covid-19, mais do que nunca é preciso falar sobre o assunto, já que “de uma hora para a outra” tivemos que manter o distanciamento de pessoas queridas, além de adotar outras medidas de prevenção, que antes não faziam parte da nossa rotina.
“Com certeza a pandemia contribuiu muito para o aumento do número de pessoas adoecidas nos últimos meses, isso porque junto com a pandemia vieram também situações de estresse, perda de entes queridos, mudanças na forma de trabalhar, educar os filhos e muito mais. É possível perceber esse aumento (de pessoas doentes emocionalmente) pela grande procura por psicoterapia após o início da pandemia”, afirma a psicóloga da Unimed Campo Grande, Thayla Siqueira Sandim.
Thayla explica que os problemas emocionais podem ser originados por vários fatores. “As doenças mentais não possuem uma causa única e sim uma interação complexa de fatores, podendo ser de causa biológica, hereditária, psicológica, ambiental e cognitiva”.
Vale destacar que esses problemas afetam não só pessoas em fase adulta, mas também crianças e adolescentes. “Cerca de 20% de crianças e adolescentes apresentam algum distúrbio mental demonstrando distorções no comportamento e de emoções normais, sendo comuns nessa faixa etária o transtorno de ansiedade, transtorno relacionado ao estresse, de humor, obsessivo compulsivo, deficit de atenção e hiperatividade, de conduta e desafiador opositivo, além de problemas de ordem do desenvolvimento e de comportamento, sendo necessário realizar avaliação neuropsicológica para diagnóstico”, explica a profissional.
A psicóloga afirma ainda que é preciso prestar atenção a alguns sinais que normalmente são externados pelas pessoas. “Estar atento em como lidamos com adversidades da vida, situações de estresse, problemas e pessoas, dar atenção à carga hereditária mental que carregamos e cuidar preventivamente também são práticas que podem evitar o adoecimento mental. E ao menor sinal de adoecimento, não se deve hesitar em procurar um psicoterapeuta de sua confiança”, enfatiza.
A boa notícia é que em algumas situações é possível evitar o adoecimento mental adotando atividades regulares no dia a dia que levem ao equilíbrio físico e mental do corpo, como a prática de exercícios físicos, relaxamento e meditação. Manter uma dieta equilibrada, ter um passatempo favorito, cultivar boas amizades, ter uma boa de sono também são hábitos que contribuem para uma boa saúde emocional.
Assessoria Unimed.