O ano de 2021 começou trazendo antigos problemas, como o tráfico na região do Bairro Amambaí, região central de Campo Grande. Nos primeiros dias deste novo ano, as câmeras de videomonitoramento do programa Cidadão Integrado CDL flagraram o abuso destes que seguem cooptando os usuários e aumentando o número de vítimas, no caos social e da saúde.
As imagens mostram usuários sendo usados como mulas – pessoas que levam as drogas aos pontos – e, em muitos casos reforçando o consumo das mesmas, com pagamentos pelos “serviços” prestados aos traficantes, por meio de pedras (nome popular para drogas ilícitas).
A CDL CG – Câmara de Dirigentes Lojistas de Campo Grande tem frequentemente alertado sobre tal situação, que faz inúmeras vítimas, entre elas os comerciantes que se tornam reféns do caos que se forma no entorno de seus empreendimentos com intimidações, assaltos, furtos e roubos.
Para o presidente da CDL CG, Adelaido Vila, é uma emergência de saúde pública para se tratar os usuários, mas também uma urgência de segurança. “Sabemos que a polícia tem cumprido seu papel, mas algo mais rígido precisa ser feito para evitar a migração dos usuários e dos traficantes, que ficam aliciando esses doentes que não conseguem se libertar do vício”.
Adelaido Vila ressaltou que é uma situação que coloca todos em risco. “Perdemos diariamente milhares de jovens para as drogas, muitas famílias são destruídas pelas ações dos traficantes e o nosso comércio, que já sofre com outras crises é mais uma vítima que vê seu trabalho minguando pelas intimidações e o medo que o consumidor tem de frequentar a região. É uma emergência. Precisamos de soluções que salvem nossas famílias”.
Imagens
De acordo com o diretor da CDL CG, Denison Zubieta, um dos pontos mais complicados é o quadrilátero envolvendo as ruas Dom Aquino entre a Joaquim Nabuco x Alan Kaderc e Rua Dom Aquino entre Alan Kardec x Saldanha Marinho. “Cada vez mais tem ocorrido uma migração desses usuários para a região mais acima, próximo a Cabeça de Boi e Marechal Rondon”.
Denison Zubieta ressaltou que conforme ocorre a atuação policial a migração acontece. “Ali na região não tem assistência à saúde, assim, cada vez mais ocorre migração de usuário para esta área. Toda esta problemática virou uma questão de saúde pública”.
O diretor enfocou que as imagens dos usuários e traficantes são registradas diariamente, na região. Além disso, há o registro na região da Rua Barão do Rio Branco entre a Joaquim Nabuco x Alan Kaderc e Rua Barão do Rio Branco entre Alan Kardec x Saldanha Marinho.