A Procuradoria-Geral da República (PGR) cumpriu o que prometeu ao senadores que compõem o G7 da CPI da Covid: usou de “agilidade” para iniciar a apreciação do relatório que resultou dos trabalhos da comissão. Nesta quinta-feira (28/10), um dia após receber o documento, a PGR abriu apuração preliminar, por meio da chamada notícia de fato, para analisar acusações feitas contra 13 pessoas com foro privilegiado, entre elas, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
O documento da CPI – criada para investigar ações e omissões do governo durante a pandemia – pede o indiciamento de 78 pessoas e duas empresas. Os parlamentes encerraram a comissão após seis meses de trabalho. O texto foi aprovado por 7 votos a 4.
O relatório aprovado pelos senadores tem 1.289 páginas e responsabiliza o presidente Bolsonaro por entender que ele cometeu nove crimes.
Ao receber o documento nessa quarta-feira (28/10), o procurador-geral da República, Augusto Aras, teria dito aos parlamentares que daria a “agilidade necessária à apreciação dos fatos que possam ser puníveis seja civil, penal ou administrativamente”.
Indiciados com foro
Entre os acusados pela CPI com foro estão, além de Bolsonaro, os ministros Marcelo Queiroga (Saúde); Onyx Lorenzoni (Trabalho), Braga Netto (Defesa) e Wagner Rosário (CGU), o senador Flávio Bolsonaro, o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros, os deputados Eduardo Bolsonaro, Bia Kicis, Osmar Terra, Carla Zambelli e Carlos Jordy e o governador do Amazonas, Wilson Lima.
Há também pedidos de indiciamento de duas empresas que firmaram contrato com o Ministério da Saúde – a Precisa Medicamentos e a VTCLog.
Em nota, nesta quinta, a PGR havia informado que vai tomar as providências necessárias em relação ao relatório final da CPI da Covid-19.
Disse também ter respeito ao trabalho feito ao longo de seis meses pelos senadores da CPI e rechaçou ilações sobre o documento.
Fonte: Metrópoles.