CPI da Covid vai ouvir ao longo da semana os ex-ministros da Saúde Luiz Henrique Mandetta, Nelson Teich e o general Eduardo Pazuello. Além deles, o atual ocupante da pasta, Marcelo Queiroga, e o presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres, também serão ouvidos pelo colegiado.
A CPI da Covid dará início nesta semana à fase de tomada de depoimentos de ex-integrantes do governo Jair Bolsonaro. Nesta terça-feira (3) serão ouvidos os ex-ministros da Saúde Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich. Na quarta, o general Eduardo Pazuello, que ficou à frente da pasta por dez meses. Na quinta-feira serão ouvidos o atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e o presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres. Para o relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL), “essa semana será decisiva porque vamos ter depoimentos dos principais atores sobre os bastidores da pandemia”.
O depoimento de Pazuello é considerado um dos mais esperados, uma vez que ele foi o responsável pela atual política de enfrentamento à pandemia. De acordo com o jornal O Globo, os parlamentares da oposição devem inquirir Pazuello sobre a omissão e atraso na compra de vacinas contra a Covid-19, aquisição de medicamentos sem eficácia científica comprovada, falhas na logística e a falta de apoio ao isolamento e distanciamento social. Nesta linha, o Planalto vem preparando o ex-ministro para blindar Jair Bolsonaro durante a oitiva. A blindagem de Bolsonaro e a preparação de Pazuello está sendo coordenada pelo ministro da Casa Civil, Eduardo Ramos.
Os ex-ministros Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich que deixaram o governo após atritos com Bolsonaro no tocante ao enfrentamento à pandemia, devem falar sobre as falhas do governo nas política de saúde contra a doença.
Na semana passada, Renan Calheiros informou que o colegiado irá requisitar as gravações e vídeos das reuniões da Anvisa que trataram da compra de vacinas. Pela legislação, todas as reuniões do órgãos reguladores devem ser gravadas.
Ele também informou que deverá apoiar o requerimento do vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), para convocar o ministro da Justiça, Anderson Torres. Em uma entrevista à revista veja, Torres defendeu o comportamento de Bolsonaro, como o não uso de máscara.
Fonte: Brasil 247.