Ao final do mandato, além da economia superior a R$ 1 milhão de verba pública, parlamentar apresenta desempenhos parlamentar e legislativo superiores aos dos demais colegas de bancada_
No apagar das luzes dos mandatos, quando, enfim, encerra-se a legislatura e o período de quatro anos do mandato dos deputados, é comum a imprensa divulgar reportagens especiais avaliando o trabalho desses parlamentares.
Tais análises jornalísticas costumam limitar-se a aspectos financeiros, ou do quanto de dinheiro público os políticos gastam para a manutenção dos mandatos e de seus gabinetes.
No entanto, o trabalho de um deputado vai muito além da economia de verba indenizatória ou de Cota para Exercício de Atividade Parlamentar (CEAP), aquele recurso da Câmara Federal mensalmente destinado para o ressarcimento de diversos gastos, como passagens aéreas, aluguel de imóvel para gabinete, combustíveis, consultoria técnica, entre outros.
Está relacionado, principalmente, ao desempenho de cada legislador, no sentido da palavra, se cria novas e relevantes leis; traz verbas para o desenvolvimento de seu estado; ocupa cargos de liderança, participa de comissões temáticas importantes na Câmara, marca presença nas votações em plenário, sobe à tribuna para defender os direitos de seu povo, e muitos outros critérios que dimensionam de maneira ampla e correta a qualidade de um mandato parlamentar.
*Custo/Benefício*
Na 56a legislatura, período que se encerra no próximo mês de fevereiro, o deputado Fábio Trad foi, que até aqui, o que apresentou o melhor custo/benefício da bancada sul-mato-grossense. Os números podem ser conferidos no Portal da Transparência, sistema de dados da Câmara dos Deputados, e revelam que, nos últimos quatro anos, o mandato de Trad economizou R$ 1.151.469,45 dos cofres públicos. Em seguida, vem a deputada Rose Modesto (sem partido), com uma economia de R$ 825.036,89 em cota de atividade parlamentar; R$ 567.292,73, do deputado Luiz Ovando (PP); R$ 502.376,83, da deputada Bia Cavassa (PSDB); R$ 172.410,79, do deputado Vander Loubet (PT); R$ 170.708,83, da deputada Tereza Cristina (PP); R$ 125.010,89, do deputado Beto Pereira (PSDB); R$ 103.104,89, do deputado Loester Trutis (PL); e R$ 50.166,64, do deputado Dagoberto Nogueira (PSDB), o que mais gastou recursos públicos, num total de R$ 1.774,16 ao longo de 45 meses.
O gasto mensal de cada integrante da bancada foi de R$ 39.428,02 (Dagoberto Nogueira); R$ 38.251,62 (Loester Trutis); R$ 37.764,82 (Beto Pereira); R$ 36.711,48 Vander Loubet); R$ 27.936,33 (Luiz Ovando); R$ 26.965,08 (Bia Cavassa); R$ 22.208,68 (Rose Modesto); R$ 19.204,23 (Tereza Cristina); e R$ 14.954,63 (Fábio Trad). Além disso, praticamente todos utilizaram imóvel funcional. As únicas exceções foram os deputados Fábio Trad e Luiz Ovando, que preferiram abrir mão da regalia.
*Legislador*
Do latim legislatio, legislar significa “estabelecer, criar ou elaborar leis”. Trata-se de função primordial de um deputado e um dos atributos no qual Fábio Trad mais se destacou dos demais colegas de bancada.
Ao longo da 56a legislatura, Trad apresentou 1.193 propostas legislativas – 1.105 de sua autoria – praticamente o dobro do segundo mais produtivo, o deputado Vander Loubet, com 659 proposições. Em seguida, com 515 propostas, vem Dagoberto Nogueira; Rose Modesto (381); Bia Cavassa (288); Beto Pereira (249); Luiz Ovando (242); Loester Trutis (140) e Tereza Cristina (14).
*Parlamentar*
Trad também predominou na função de parlamentar, subindo 328 vezes à tribuna do plenário para discursar. Abaixo dele vem os deputados Beto Pereira, com 25 discursos; Luiz Ovando, com 21; Loester Trutis (16); Dagoberto Nogueira (14); Bia Cavassa (13); Rose Modesto (6); Vander Loubet (1) e Tereza Cristina (1).
Além da tribuna, o deputado Fábio Trad foi o que mais se fez presente nas votações e sessões do plenário, com 711 presenças; cerca de 300 a mais do que Rose Modesto (413); Beto Pereira (411); Vander Loubet (409); Luiz Ovando (409); Dagoberto Nogueira (408); Loester Trutis (371); Bia Cavassa (354); e Tereza Cristina (62).
Nas comissões temáticas da Casa, Fábio Trad foi ainda o mais frequente, participando de 1.249 reuniões ao longo de quatro anos. Em seguida, vem Luiz Ovando, com 726 reuniões; Bia Cavassa, 588; Dagoberto Nogueira, 437; Loester Trutis, 423; Beto Pereira, 293; Vander Loubet, 212; Rose Modesto, 168; e Tereza Cristina, em 145 reuniões das comissões.
Assessoria.