O Instituto Moinho Cultural Sul-Americano recebe, neste mês, três novos voluntários, por intermédio da Exchange do Bem. A intenção é que eles aproveitem o período para contribuir com a instituição, trocar experiências e também conhecerem a região fronteiriça do Brasil com a Bolívia.
A Exchange do Bem é uma empresa social que tem o objetivo de fomentar o voluntariado, conectando voluntários com diversos projetos ao redor do mundo. São mais de 70 opções na África, Ásia e América Latina para você realizar seu intercâmbio voluntário.
Por intermédio dela, o Moinho Cultural está recebendo os voluntários. Um deles é o acadêmico de Arquitetura e Urbanismo da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), Daniel Guimarães. Ele conta que a expectativa é sair um pouco da rotina que tem onde mora, no Rio de Janeiro, durante o intercâmbio voluntário.
“Quero aproveitar as férias em um lugar mais calmo enquanto trabalho para uma causa que admiro. Escolhi o Moinho Cultural porque queria estar em um lugar completamente cercado por artes. Também fiquei muito impactado com o poder de transformação na vida das crianças atendidas”, contou.
Fundador da Exchange do Bem, Eduardo Mariano explica que o objetivo da organização é ajudar os projetos sociais. “Queremos tornar o mundo um lugar melhor, pelo menos para as pessoas que a gente consegue atingir. Nosso papel é levar ajuda para esses projetos para que eles tenham mais braços para continuarem o trabalho maravilhoso que fazem”, explicou.
Mariano explica, ainda, que o Moinho Cultural é o único, entre todos os projetos parceiros da Exchange do Bem, que usa a música e a dança para alcançar crianças em situação de vulnerabilidade social.
“Os voluntários procuram sempre experiências transformadoras e o Moinho Cultural consegue proporcionar isso ao voluntário ao apresentá-lo um projeto com muita arte e cultura, feito por pessoas maravilhosas. Além disso, o fato de estar situado na entrada do Pantanal, fronteira com a Bolívia, é um grande atrativo, pois o voluntário brasileiro tem a oportunidade de conhecer uma nova região”, conta o fundador da Exchange do Bem.
Para a diretora-executiva do Moinho Cultural, Márcia Rolon, a oportunidade de receber voluntários de outras cidades brasileiras e até mesmo estrangeiros agrega e impacta o fazer cultural, tão importante para a instituição. “Nós sabemos o quão importante é revisitarmos nossas convicções, práticas e fazeres. Abrir nossas portas para os voluntários traz fôlego novo, novas percepções e um impacto muito positivo para o Moinho Cultural”, finaliza.
crianças aprendem sobre os tipos de violência doméstica
Roda de conversa foi realizada para comemorar o Dia Internacional da Mulher e conscientizar as crianças desde cedo
Para comemorar o Dia Internacional da Mulher, celebrado no último 8 de março, o Instituto Moinho Cultural Sul-Americano resolveu fazer um dia diferente, com muita informação e troca de ideias. Uma roda de conversa, com a presença de integrantes da Patrulha Maria da Penha e empresárias, mostrou como a mulher deve ser tratada, quais são os tipos de violência, o que é a violência doméstica e qual é a rede de apoio existente para as mulheres vítimas em Corumbá.
Secretário-executivo do Moinho Cultural, José Roberto explica que a intenção é conscientizar as crianças, ainda na infância, sobre o que é a violência doméstica. “As últimas pesquisas divulgadas apontam que a quantidade de casos de violência doméstica tem aumentado no país. Por isso, nos preocupamos em trazer este assunto para dentro do Moinho Cultural e trabalhá-lo tanto com as meninas quanto com os meninos. É importante que todos saibam o que é a violência doméstica até para conseguir identificá-la e também saber que existe toda uma rede de apoio para amparar essa mulher, caso seja vítima deste tipo de situação”, afirma.
Guarda municipal há 17 anos, a coordenadora da Patrulha Maria da Penha de Corumbá, Andreia Castilho, afirma que a troca é importante, principalmente, para que as mulheres cresçam sabendo o que é um relacionamento abusivo.
“É importante que elas saibam quais são os tipos de violência e entendam que não são obrigadas a conviver com isso. Hoje, existe uma estrutura no município para atender esses casos”, explica.
Integrante da Patrulha também, André Carneiro falou diretamente aos meninos. “Trouxemos informações para conscientizá-los sobre essa prática. É importante trazer essas informações para que a gente conscientize eles desde cedo até para que, quando forem pais de família, não pratiquem esse tipo de situação e violência contra a mulher”, destacou.
Quem também participou do bate-papo foi a empreendedora, arquiteta, confeiteira e influencer Sthefany Holanda. Ex-participante do Moinho Cultural, bailarina e dentista Yasmin Santos também foi convidada. Elas compartilharam com as crianças as suas trajetórias e destacaram como a mulher pode atuar em diferentes áreas e ser o que quiser.