O afroturismo pantaneiro ganha destaque nacional com a estreia da Bela Oyá Pantanal no 9º Salão do Turismo – Conheça o Brasil, realizado de hoje (21) a sábado (23) no Distrito Anhembi, em São Paulo. A agência apresenta o Circuito Kaô Corumbá de Xangô, primeiro roteiro estruturado de afroturismo de MS, selecionado pelo Sebrae Nacional entre 70 experiências brasileiras. Desse total, apenas três trabalhos são de Mato Grosso do Sul.
A CEO Thayná Cambará será uma das vozes do evento e, na sexta-feira (22), apresenta o Circuito Kaô no palco Sebrae ART. “É o resultado de anos de construção coletiva junto às comunidades de terreiro e festeiros do Banho de São João em Corumbá”, afirma a gestora que ainda participará das ações formativas da Embratur sobre Afroturismo e fará atendimento ao público no estande de Mato Grosso do Sul com a Cesta de Experiências, que reúne produtos e vivências do território.
“Estar no Salão do Turismo é uma chancela ao nosso trabalho durante esses dois anos e meio de operação. É a certeza de que estamos no caminho certo, trazendo transformação, inovação e reconhecimento às nossas comunidades. Essa aprovação não é apenas um reconhecimento, mas também prova de que o afroturismo pantaneiro está ganhando força e espaço no cenário nacional”, afirma Thayná.
Na estrada – Enquanto Thayná representa a agência em São Paulo, a Bela Oyá também marca presença no Ruraltur MS, em Campo Grande, nesta quinta (21) e sexta-feira (22). A participação acontece por meio da empresa parceira LR Travel Experience, que apresenta os circuitos culturais e as experiências desenvolvidas pela Bela Oyá no Pantanal.
“Vai ser uma participação mais voltada ao estande, mas igualmente importante. O Ruraltur é um evento que se consolidou no Estado e estar presente é reafirmar nosso compromisso com o território pantaneiro, valorizando o turismo cultural e comunitário”, diz a CEO.
E antes mesmo das agendas em Campo Grande e São Paulo, a Bela Oyá Pantanal integrou uma missão técnica em Minas Gerais, entre os dias 28 de julho a 4 de agosto, passando pelas cidades de Lavras, Santa Rita do Sapucaí e Itajubá. A iniciativa, promovida pelo Sebrae Minas e parceiros, reuniu lideranças de 13 cidades sul-mato-grossenses em um intercâmbio de experiências em inovação e desenvolvimento econômico.
“Essa imersão nos permitiu conhecer ecossistemas de inovação mais maduros e entender como a valorização cultural e identitária pode ser vetor de desenvolvimento territorial. Com o suporte da Semadesc e do Sebrae MS, participei representando o ecossistema de inovação de Corumbá e Ladário, e trouxe referências para pensar como o afroturismo pode dialogar com inovação, cidadania e gestão participativa. Essa vivência fortaleceu ainda mais nosso olhar sobre a ancestralidade e a cultura local como caminhos para o futuro”, explica.
Afroturismo como eixo de transformação – De Minas Gerais a Mato Grosso do Sul e, agora, em São Paulo, a trajetória recente da Bela Oyá Pantanal mostra a construção de uma rede articulada em defesa do afroturismo como política de combate ao racismo e de fomento à economia criativa das comunidades negras, sejam elas rurais ou urbanas.
“Para nós, estar nesses espaços é um ato de resistência, protagonismo e futuro. O afroturismo é sobre memória, identidade e desenvolvimento coletivo. É sobre mostrar que nossas histórias e nossos territórios têm potência para transformar o turismo brasileiro e a geração de renda”, conclui Thayná Cambará.




















