Em ordem de frequência, o câncer de pâncreas ocupa a terceira posição entre os tumores do trato gastrointestinal e atinge de modo relativamente semelhante homens e mulheres. O pico de incidência ocorre entre os 50 e 80 anos de idade. Mais de 90% dos pacientes têm idade superior a 55 anos. Ele pode se originar na cabeça, no corpo ou na cauda do órgão. Ao crescer, penetra o tecido pancreático até chegar à cápsula que reveste o órgão e à gordura ao seu redor. A partir dessa fase, vai invadir estruturas vizinhas e linfonodos. De início, são comprometidos os linfonodos situados nas imediações do pâncreas; em seguida, os linfonodos abdominais mais distantes. Com a progressão, as células malignas se disseminam principalmente para o fígado e o peritônio (membrana que recobre os órgãos abdominais), provocando acúmulo de líquido na cavidade abdominal (ascite). Os pulmões e a pleura também podem ser atingidos. O crescimento costuma ser rápido. No momento do diagnóstico, somente de 20% a 30% dos pacientes apresentam tumor ainda restrito ao pâncreas.
Por esse motivo, esse tipo de câncer costuma ser encontrado em estágios mais avançados. Como estratégia preventiva, a suspensão do tabagismo e da ingestão excessiva de álcool são as mais importantes de todas. Outros fatores de risco apontam para a pancreatite crônica, radioterapia prévia, dietas ricas em gordura, carne vermelha e pobre em frutas e verduras, diabetes mellitus tipo 2, fatores ambientais (exposição prolongada a pesticidas e produtos químicos), e síndromes genéticas. Dietas ricas em frutas e verduras, prática de exercícios físicos regulares, controle do peso e dos níveis de açúcar no sangue talvez tenham papel protetor.
Atenção para os seguintes sintomas, que são os principais sinais de alerta quando se trata deste tipo de carcinoma: dor lombar (presente em mais de 75% dos casos, geralmente, começa na região lombar e se irradia para a parte posterior do abdome, podendo chegar também à parte anterior), coloração amarelada dos olhos e da pele (icterícia), Diabetes mellitus (o câncer de pâncreas pode levar ao desenvolvimento do diabetes por afetar a produção de insulina), perda de peso e apetite, anemia e cansaço (presentes em mais de 50% dos casos, aumento do volume abdominal, diminuição do volume urinário, inchaço nos membros inferiores, dor e desconforto abdominal, falta de ar e tosse e dores ósseas.
Os principais exames de imagem que permitem visualizar tumores pancreáticos são ultrassonografia, tomografia computadorizada, ressonância magnética, ultrassonografia endoscópica, colangiopancreatografia retrógrada endoscópica e laparoscopia. Outro exame útil é a dosagem do marcador CA 19-9 no sangue, quando as imagens revelam a presença de um tumor pancreático, pode ser feita uma biópsia dirigida pela ultrassonografia endoscópica ou pela tomografia computadorizada ou, ainda, indicada a cirurgia.
O diagnóstico precoce é a melhor forma para curar e evitar complicações de qualquer doença. Os pacientes com diagnóstico precoce são submetidos a tratamento cirúrgico e têm maior chance de cura. Hoje, o tratamento cirúrgico evoluiu muito e os pacientes se beneficiam de cirurgia minimamente invasiva. Ao mesmo tempo, foram surgindo drogas e tratamentos quimioterápicos muito eficientes que aumentam a chance de cura destes pacientes, de tal forma que até mesmo pacientes com metástases hepáticas em pequeno número podem ter alguma chance de cura.
Uma ferramenta revolucionária da medicina de precisão, auxiliar na identificação dos tratamentos com maiores condições de sucesso, são os “Organoides Derivados de Pacientes” (PDO). A partir de amostras de biópsias de pacientes, este novo sistema de cultura de células em 3D possibilita a formação de estruturas celulares que mimetizam a configuração espacial e características originais do tumor. Dessa forma, a atividade de diferentes drogas anticancerígenas contra o tumor, de forma personalizada, podem ser testadas diretamente.
A novidade dos testes de organoides, como o ONCO-PDO da Invitrocue, é que pela primeira vez oferece-se uma metodologia padronizada para testar o efeito que diferentes drogas podem ter nas células tumorais de cada paciente, em vez de fazer previsões de como um o câncer pode responder a uma terapia de modo genérico. A busca está centrada no melhor medicamento para cada paciente, com o objetivo de encontrar o tratamento mais eficaz. Com isso, as terapias deixam de ser escolhidas com base na experiência anterior, na literatura médica ou nas orientações gerais das sociedades científicas, para ir adaptando gradualmente o tratamento e o plano de cuidados de cada paciente individualmente. Esses exames representam um avanço tecnológico de grande relevância.
O Teste Onco-PDO permite testar a resposta a diferentes quimioterápicos, para células tumorais do próprio paciente, em laboratório, sem que o paciente sofra os efeitos colaterais gerados por este tipo de medicamentos, que geralmente são muito agressivos. Alguns tumores mostram-se resistentes a certas drogas, bem como, nem todo paciente reage da mesma forma a um certo tratamento. Portanto, inferir sobre a potencial resposta das células tumorais do paciente para os diferentes tratamentos, em laboratório, contribui para a tomada de decisão dos médicos oncologistas.
Disponível no Brasil para câncer de mama, pulmão, colorretal, pancreático, gástrico, próstata e ovário, o Teste Onco-PDO permite que o médico escolha até 8 tratamentos, individuais ou combinados, entre 60 drogas validadas para testagem. O resultado indicará como as células responderam em laboratório, representando uma ferramenta de alto valor para a continuidade do tratamento. O relatório, gerado em até 21 dias, fornece informações de como os organoides derivados do paciente responderam aos diferentes tratamentos testados.
O Teste Onco-PDO está disponível para coletas em todo o Brasil. Para mais informações, consulte a Invitrocue Brasil. Para que a nova ferramenta possa ser utilizada, converse com o seu médico para uma avaliação precisa e análise das opções de tratamento!