Por: Wilson Aquino*
Este 6 de outubro representa um momento histórico para a democracia brasileira, sendo a data em que os cidadãos têm a oportunidade de escolher seus governantes (legislativo e executivo municipais) para os 5.565 municípios do país. Esse processo eleitoral é um dos pilares da democracia, permitindo que a voz de cada eleitor seja ouvida e que suas necessidades sejam consideradas. O amadurecimento do eleitor brasileiro, observado nos últimos anos, é digno de louvor. Esse progresso se deve, em grande parte, ao avanço das mídias sociais, que facilitaram o acesso à informação e promoveram um debate mais amplo sobre as questões políticas.
As mídias sociais revolucionaram a forma como a informação circula, possibilitando que cidadãos tenham acesso a dados que antes eram restritos a uma minoria. Anteriormente, a população dependia de um número limitado de veículos de comunicação, o que tornava possível a manipulação e a ocultação de informações essenciais. Hoje, com o acesso à internet, as pessoas podem receber notícias em tempo real, permitindo uma formação de opinião mais consciente e fundamentada. Essa democratização do acesso à informação empodera os eleitores e os torna menos suscetíveis a manobras de desinformação.
O voto não é apenas um direito, mas uma responsabilidade cívica. Ao vender o seu voto, o cidadão trai não apenas a si mesmo, mas toda a sociedade. A prática da compra de votos degrada a democracia e perpetua um ciclo de corrupção e impunidade. É fundamental que os eleitores compreendam que cada voto tem poder e que a escolha de candidatos comprometidos com a ética e o bem-estar da população é uma maneira de afirmar sua posição contra a corrupção.
Além disso, a participação ativa no processo eleitoral é um exercício de cidadania que deve ser valorizado. Os cidadãos têm o dever de se informar sobre os candidatos, suas trajetórias e suas propostas. A transparência e a responsabilidade são essenciais para um processo eleitoral saudável. Candidatos que se comprometem com a honestidade e a boa gestão devem ser reconhecidos e apoiados, enquanto aqueles que se envolvem em práticas desonestas, ou que defendem propostas que vão contra os bons princípios morais e espirituais, contra os interesses das famílias, devem ser rejeitados.
O fortalecimento da democracia também passa pela fiscalização do voto. A sociedade civil deve estar atenta e pronta para denunciar práticas ilegais e imorais que possam ocorrer durante o processo eleitoral. Com uma população vigilante, é possível reduzir os riscos de corrupção e garantir que as eleições reflitam verdadeiramente a vontade do povo. As instituições responsáveis pela condução das eleições também têm um papel vital nesse contexto, devendo atuar com transparência e imparcialidade.
Neste 6 de outubro, que a consciência cívica e moral de cada eleitor prevaleça. Que cada um reconheça a importância de sua voz e de sua escolha. O futuro das cidades e do país depende de decisões responsáveis. Ao se dirigir às urnas, cada eleitor deve lembrar que seu voto é uma expressão de seus valores e princípios. Portanto, que esse dia seja um marco de esperança e renovação, onde a ética e a responsabilidade conduzam a construção de um Brasil mais justo e democrático.
A escolha de bons líderes é um tema central nas escrituras sagradas, que enfatizam a responsabilidade e a importância de selecionar pessoas íntegras para governar. Em Provérbios 29:2, está escrito: “Quando os justos governam, o povo se alegra; mas quando o ímpio governa, o povo geme.” Essa passagem revela que a qualidade moral dos líderes influencia diretamente o bem-estar da sociedade. Líderes justos trazem alegria e prosperidade, enquanto aqueles que não possuem um caráter reto podem levar o povo à aflição.
Neste 6 de outubro, que cada um de nós tenha a sabedoria necessária para fazer escolhas informadas e criteriosas. O futuro do nosso país depende de nossa disposição em participar ativamente do processo democrático, exigindo qualidade e integridade de nossos líderes. Ao fazermos isso, não apenas contribuímos para uma eleição mais justa, mas também plantamos as sementes de um Brasil mais próspero e solidário para as próximas gerações.
Por fim, que possamos valorizar o direito de votar, entendendo que cada voto tem o poder de moldar a realidade em que vivemos. Com coragem e determinação, façamos do nosso voto um ato de esperança e um compromisso com a construção de um futuro mais digno e representativo para todos. É hora de honrarmos o nosso papel na democracia e garantirmos que nossas escolhas reflitam o desejo de um país melhor para todos os seus cidadãos.
*Jornalista e Professor