Após o assassinato do empresário Antônio Caetano na tarde de ontem (13), no Procon em Campo Grande, agentes patrimoniais da cidade relatam falhas de segurança em órgãos públicos do município. Ao contrário do que foi divulgado, não havia agentes de segurança no local no momento do crime. Os servidores também apontam falta de equipamento e de contingente para conseguirem oferecer a segurança que o patrimônio e a população de Campo Grande merecem.
O presidente da Associação em Defesa dos Agentes Patrimoniais Público do Estado do Mato Grosso do Sul (Adapp/MS), Adalberto Rebelo, aponta que houve omissão por parte do poder público. Ele ressalta que, de acordo com a Lei 3.093, os agentes são responsáveis pelas edificações do poder executivo no estado, e, portanto, todos os órgãos deveriam ter um agente disponível 24h para oferecer proteção para trabalhadores, transeuntes e para o edifício.
“A nossa função necessita investimento, mas se você não investe no servidor, em fardamento, em concurso público, falhas acontecem. Faltou um pessoal treinado e capacitado só para isso, para triagem e identificação, um detector de metais. No Fórum de Campo Grande é assim. Se houvesse uma equipe preparada ali, provavelmente a situação teria sido diferente”, exemplifica Adalberto. “Qualquer situação que compromete a integridade física de trabalhadores dos órgãos ou do público a ser atendido por eles pode ser evitada se você oferecer a segurança necessária”, finaliza o presidente.
Apesar de ser divulgado pela mídia que havia quatro seguranças patrimoniais no momento do crime no Procon, Adalberto desmente a informação. “Deveria haver, sim, mas nós não temos efetivo, não há infraestrutura e nem investimento. Nossa categoria está pronta e sabemos do nosso dever, mas há uma falha no poder público. Nós não temos pessoal suficiente para trabalhar durante o dia, apenas durante o turno da noite”, esclarece Adalberto. Após o assassinato, o Procon cogita adotar um detector de metais na entrada do órgão.
Assessoria Adapp/MS.