O candidato do União Brasil ao Senado Federal e ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, recebeu apoio de duas importantes lideranças indígenas sul-mato-grossenses durante a convenção do Podemos, na última semana.
A busca por representatividade desses povos na Assembleia Legislativa e no Congresso Nacional uniu, no Podemos, dois candidatos de etnias diferentes. Para eles, o nome de Mandetta é o mais indicado para o Senado Federal.
Na disputa de uma vaga como deputado estadual, o indígena e atual secretário-executivo do DSEI (Distrito Sanitário Especial Indígena) de Mato Grosso do Sul, Danilo Terena, revelou que já está na estrada há mais de 60 dias, conversando com a população indígena. Hoje, segundo ele, a principal preocupação é sobre a saúde desses povos.
“Levo comigo a bandeira dos trabalhadores da saúde indígena e, também, do meu povo. São oito etnias existentes em Mato Grosso do Sul e elas buscam, de todas as formas, ser inseridas no processo social”, assegurou.
Segundo Terena, este é um momento importantíssimo para todos os povos indígenas do estado. “Nós queremos e precisamos participar das discussões sobre políticas públicas na Assembleia Legislativa”, destacou.
Para Danilo, Mandetta é um dos maiores aliados neste contexto político. “Nós conhecemos o trabalho dele como deputado federal e como ministro da Saúde. Quando no governo, conheceu de perto a dura realidade dentro das tribos no tocante à saúde e, desde então, nos apoia e prioriza a busca de um novo modelo de assistência.”
Filho de mãe terena e pai guarani, o advogado Wilson de Matos, morador da Aldeia Jaguapiru, em Dourados, também teve seu nome homologado na convenção do Podemos. Matos disputará uma vaga na Câmara dos Deputados, em Brasília.
Ele reconhece que há uma problemática a ser resolvida: a demarcação de terras. Presidente licenciado da Comissão Especial de Assuntos Indígenas da OAB-MS (Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional de MS), Matos considera que, embora a demarcação seja fato consumado na Constituição Federal, há necessidade de reparação e indenização das benfeitorias aos produtores rurais. “Vamos trabalhar para que o Estado assuma a condição de demarcar esses territórios”, afirmou.
Wilson destaca, ainda, que a candidatura de Luiz Henrique Mandetta ao Senado é fundamental para os rumos da política brasileira. “Ele luta pela vida e demonstrou que conhece como ninguém o estado. Levaremos os nomes de Mandetta e Rose Modesto aos quatro cantos de Mato Grosso do Sul”.
O ex-ministro foi enfático quando falou sobre o tema: “Os indígenas devem ser respeitados. Nossa missão é cuidar da vida, é garantir saúde para todos. No Ministério da Saúde, iniciei as negociações para a criação de um novo modelo de assistência para eles. No Senado Federal, quero retomar o assunto: vou trabalhar para melhorar e ampliar o acesso deles à saúde.”
Dados da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) de MS, revelaram que vivem mais de 80 mil indígenas, de oito diferentes etnias, em 29 municípios do estado.
Assessoria.