Vivemos cercados de informação de alta velocidade que modifica e transforma nossa realidade. A tecnologia está presente em cada momento da nossa vida. Mas como será o futuro? Qual o impacto da tecnologia em nossa saúde?
Para falar mais sobre este assunto o Dr. Marcos Estevão dos Santos Moura, psiquiatra da Unimed Campo Grande, e a Giovanna Simiolli, publicitária e analista de marketing digital, explicam a temática. Confira!
Até onde o uso da tecnologia é saudável?
Segundo Dr. Marcos Estevão, o mundo evolui e não tem como segurarmos essa evolução, pois a tecnologia vem a serviço do homem e o homem investe neste serviço. “O que precisamos ver é o lado positivo e o negativo”, pontua o especialista.
Já Giovanna Simiolli, diz que a internet é o que você faz dela. “Uma ferramenta poderosa, tanto para o bem como para o mal. É um meio que traz muita evolução, mas que não veio com um manual de instruções, então a maioria das pessoas não sabe como lidar com isso tudo”, pondera.
Cara a cara
Dr. Marcos Estevão – Psiquiatra
O jovem de hoje não consegue imaginar como era a vida com orelhões, telefones fixos, telefones móveis. Quantos de nós fica extremamente angustiado se esquecemos o celular em casa? É naquele aparelho que as pessoas pensam que tem o contato com o mundo.
Com a tecnologia diminuímos distâncias, em questões de segundos falamos com o outro lado do mundo. Em pouquíssimo tempo descobrimos se tem alguma coisa aberta que nos facilita ir ou não e o GPS nos leva diretamente até o destino. A tecnologia “nos diz” quais atividades físicas devemos fazer e se nosso sono está eficiente. Sabemos como estão nossos batimentos cardíacos por meio de um eletrocardiograma. São coisas que ajudam, que apesar de serem comerciais são saudáveis.
Por outro lado, será que isso aproximou ou distanciou pessoas? Não temos mais o contato “eu” e o “outro”. É muito mais fácil ver o outro, gostar do que ele fala ou simplesmente deletá-lo, é diferente da situação cara a cara. Isso nós perdemos.
A pandemia piorou muito isso. As pessoas ficaram presas em casa e o consumo da tecnologia foi muito maior, mas, ao mesmo tempo, veio um pouco da saudade do contato físico, que sempre vai ser importante. Você conversar com um parente que está em outra cidade por vídeochamada, vendo ele ali, é muito bom, mata um pouquinho da saudade, mas não substitui o abraço. Parece que estamos perdendo isso, como se estivéssemos mais frios através dessa tecnologia.
Precisamos trabalhar essa questão desde a infância. Está começando a ficar fácil para a geração de pais novos deixarem os filhos na tecnologia, porque a casa fica calma, dá menos trabalho, e ali a interação entre família já começa a ser diminuída. A frieza afetiva pode ser muito pior no futuro.
Para captar um sinal, desligue o celular
Giovanna Simiolli – Publicitária e analista de marketing digital
Temos tudo em nossas mãos e isso é um pouco amedrontador, pois começamos a entender um pouco mais de como funcionam os algoritmos e a manipulação por trás de tudo isso que temos de informação.
Recado dos especialistas
Dr. Marcos Estevão – Psiquiatra
Tudo tem que ter parcimônia, a tecnologia veio para ajudar, mas precisamos entender que às vezes ela nos atrapalha muito. Os pais precisam também entender que devem ter a relação de família, seja qual for o gênero, todos juntos em casa. Essa afetividade precisa ser estimulada para que essa criança possa depois partir para uma rede social podendo colocar um pouquinho desse afeto que recebeu para as outras pessoas.
Giovanna Simiolli – Publicitária e analista de marketing digital
Cabe a nós compreendermos, nos posicionarmos e entendermos de tudo que está acontecendo. E algo muito importante para todos, que deve começar já: educação digital.
Para saber mais sobre o assunto acompanhe o episódio A TECNOLOGIA EM NOSSAS VIDAS E O IMPACTO EM NOSSA SAÚDE do podcast Cuidar de Você, com o Dr. Marcos Estevão e Giovanna Simiolli. Basta acessar nosso Spotify (https://bit.ly/PodcastUnimedCG ) e Youtube (https://bit.ly/PodcastUnimedCGYoutube ).
Comunicação Unimed Campo Grande.