Assessoria de comunicação da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul confirmou que os quatro policiais da corporação, acusados de perseguir, agredir e fazer tortura psicológica contra o jornalista Sandro de Almeida Araújo, de 46 anos, editor do site Jornal da Nova, na última sexta-feira (2), serão remanejados para outras unidades, ainda não reveladas.
O profissional voltava para casa de carro quando viu que estava sendo seguido pelos policiais. Temendo estar sendo seguido por ladrões ou algo parecido, voltou para frente de casa, onde câmeras de segurança da residência gravou toda a intimidação feita pelos militares.
Os policiais estavam em uma L-200, de cor branca, e em um Sandero Stepway, também de branca, sem qualquer identificação policial, e segundo depoimento do jornalista, estavam à paisana. Ele desceu do carro em frente de casa e tentou entrar, mas foi segurado pelos policiais e dominado com golpe “mata-leão”, depois jogado no chão.
O jornalista foi revistado e também teve o veículo revistado sem qualquer mandado judicial. A acusação dos policiais, conforme Sandro era de que ele tinha comemorado a troca de comando do 8º Batalhão da PM da cidade, com faixas e com fogos de artificio.
Todos os policiais acusados pela agressão contra o jornalista possuem processos e denúncias por crimes comuns e durante o exercício das funções.
O jornalista registrou um boletim de ocorrência na Polícia Civil dizendo que foi agredido com socos, jogado no chão e foi humilhado na frente dos filhos. O mesmo passou por exame de corpo de delito.
Durante toda a “ação” contra o jornalista, os policiais só diziam que estavam “cumprindo ordens”.