Ação do governo federal para a expulsão de invasores da terra indígena Yanomami teve nova fase no último final de semana e foi coordenada pela Casa de Governo de Boa Vista, da qual fazem parte, entre outros órgãos, o Ministério dos Povos Indígenas e a FUNAI e é coordenada pela Casa Civil da Presidência da República.
A Operação Catrimani II destruiu cinco acampamentos de garimpeiros, localizados na região de Surucucu da TY, que fica próximo à fronteira com a Venezuela. Durante a operação, foram inutilizados 9 motores e 5 geradores de energia usados pelos garimpeiros nas atividades ilícitas. A Operação Catrimani II tem a participação das Forças Armadas, do IBAMA e da Polícia Federal. Já a ação conjunta da Polícia Rodoviária Federal (PRF), do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (CENSIPAM) e da Força Nacional identificou e destruiu um helicóptero clandestino que sobrevoava o território.
O número de alertas de garimpo na região dos Yanomami foi reduzido em 73% entre 2023 e 20024. De janeiro a abril do ano passado foram registrados 378 alertas, enquanto no mesmo período de 2024 o número caiu para 102. Os dados são do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia, o Censipam.
A Casa de Governo, aberta em 29 de fevereiro, em Boa Vista (RR), é um espaço que coordena o trabalho de diferentes ministérios e órgãos públicos para melhorar as condições de saúde, alimentação e de proteção da população Indígena Yanomami e Ye´kwana. Ela vai gerenciar ações conjuntas de órgãos como a Polícia Federal, a Abin, a Funai e o Ibama, além de ministérios como Educação, Saúde, Povos Indígenas e Direitos Humanos.
A Casa articula também a interlocução e a integração das esferas federal, estadual e municipais na execução das políticas públicas para viabilizar a melhoria do modo de vida indígena e combater ações ilegais como o desmatamento e o garimpo no território indígena. O espaço é um marco de ações integradas para a garantia da saúde e da segurança no território Yanomami com medidas estruturantes e de forma permanente.
O território Yanomami é a maior terra indígena do Brasil, com 9,7 milhões de hectares nos estados do Amazonas e Roraima, onde vivem 27,8 mil indígenas em 306 aldeias.