Com os dados de dezembro de 2023 do DIESSE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) observou-se alta de 3,39% da cesta básica, em Campo Grande, na comparação com o mês de novembro, e de todo o ano passado, onde a retração acumulada foi de (-6,25%), na comparação com o ano de 2022.
Valor da cesta básica em dezembro foi de R$ 697,69. Valor para uma família composta por quatro pessoas: R$ 2.093,07. Variação mensal: 3,39%. Variação no ano: (-6,25%). Variação em 12 meses: (-6,25%).
No último mês de 2023, a farinha de trigo (-5,95%), o leite de caixinha (-2,44%) e o pão francês (-2,22%) registraram retração nos preços, apesar da demanda ter aumentado, em função do período de festas e férias escolares. Em 12 meses, somente o pãozinho registrou variação positiva (0,38%), pois há outros componentes na formulação de seu preço.
A guerra entre os maiores produtores mundiais de trigo, Rússia e Ucrânia, prestes a completar dois anos, teve efeitos mitigados graças à produção nacional e mesmo internacional, que foram capazes de atender o mercado.
A queda nos preços do leite de caixinha ao longo de oito meses, fez com que o acumulado fosse negativo (-10,47%), e o preço médio no ano passado fosse de R$ 5,67 o litro. Em dezembro de 2023, o preço médio do lácteo ficou em R$ 5,22 – contra R$ 5,88 em dezembro de 2022.
No caso do derivado, mesmo com a alta em dezembro, a manteiga (1,71%), registrou retração ao longo de um ano (-2,18%). Revertendo a queda registrada em novembro, a batata registrou a variação mais expressiva em dezembro (29,03%). O preço médio do tubérculo em dezembro foi de R$ 6,00.
Em 12 meses, o acumulado também é positivo (10,50%), e o preço médio ficou em R$ 4,94. Em novembro e dezembro o feijão carioquinha (15,43%) registrou alta de preços na capital, sendo a mais expressiva no último mês do ano. Em 12 meses, a variação acumulada é negativa (-7,28%), pois em dezembro de 2022, o quilo do grão ficou em R$ 8,39, enquanto em dezembro de 2023, fechou em R$ 7,78.
Também registraram altas em dezembro o tomate (8,97%), o óleo de soja (7,44%), o arroz agulhinha (6,47%), a banana (4,06%), o café em pó (3,99%), o açúcar cristal (3,08%) e a carne bovina (0,58%).
Em 12 meses, o tomate acumula discreta alta (0,27%), contudo, o patamar de preços permanece elevado para o consumidor – o preço médio do fruto em 2022 foi de R$ 6,38, e em 2023 alcançou R$ 6,93.
As altas registradas no 6º bimestre de 2023, não afetaram a retração que já vinha sendo observada no preço do óleo de soja (-30,03%), o que também foi observado no caso da carne bovina (0,58%), cuja retração em 12 meses alcançou (-12,26%).
O período de safra da banana (4,06%) não foi capaz de sustentar a redução de preços notada
em novembro. Na comparação entre dezembro de 2022 e 2023, contudo, o resultado é de retração de preços (-8,95%). Confirmando a tendência de alta, que deve permanecer enquanto a política indiana estiver em vigor, em dezembro o arroz teve variação positiva (6,47%). Em 12 meses, o acumulado foi o mais expressivo entre os itens da cesta básica: 32,11%.
O comportamento de alta observado em dezembro nos preços de café em pó (3,99%) e açúcar cristal (3,08%), não aconteceu de modo igual ao longo de 12 meses. No caso do café, o acumulado é negativo (-9,46%), e no caso do açúcar é positivo, 2,56%.
A jornada de trabalho necessária para comprar uma cesta básica na cidade morena foi de 116 horas e 17 minutos, e o comprometimento do salário mínimo líquido4 para aquisição de uma cesta básica alcançou 57,14%. Em dezembro de 2022, quando o salário mínimo líquido era de R$ 1.121,10, o comprometimento da cesta alcançou 66,8%, sendo necessárias 135h e 05 de trabalho para comprar o conjunto de 13 itens de alimentação.