O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu que Israel pare imediatamente sua ofensiva na Faixa de Gaza e comemorou a resposta dada pelo grupo terrorista Hamas, que aceitou devolver todos os reféns israelenses em seu poder desde os ataques de 7 de outubro.
Em comunicado, o grupo terrorista sinalizou disposição para entrar imediatamente em negociações e pediu para “negociar” os detalhes dos 20 pontos do plano de paz proposto por Trump. Ou seja, o Hamas não aceitou ainda todo o plano apresentado pela Casa Branca. O premiê israelense, Binyamin Netanyahu, disse que Israel “está se preparando para implementar a primeira etapa do plano de Trump para a liberação de todos os reféns”.
Na noite de sexta-feira, o Hamas disse que estava dando sua “aprovação para liberar todos os prisioneiros da ocupação – tanto vivos quanto restos mortais – de acordo com a fórmula de troca contida na proposta do presidente Trump, com as condições de campo necessárias para implementar a troca”.
Em um post na rede Truth Social, Trump disse acreditar que o acordo de paz, se fechado agora, resultará não só em um cessar-fogo na guerra de Gaza, mas em paz para o Oriente Médio.
“Com base na declaração recém-emitida pelo Hamas, acredito que eles estão prontos para uma paz duradoura. Israel deve interromper imediatamente o bombardeio de Gaza, para que possamos resgatar os reféns com segurança e rapidez. Neste momento, é perigoso demais fazer isso. Já estamos discutindo detalhes a serem acertados. Não se trata apenas de Gaza, trata-se da paz há muito almejada no Oriente Médio”, escreveu.
Pouco depois, em um pronunciamento, Trump disse que o “mundo está próximo de ver a paz no Oriente Médio”, e agradeceu o Catar, a Turquia, a Arábia Saudita, o Egito e a Jordânia pelos esforços diplomáticos em mediar as conversas entre os EUA, Israel e o Hamas“. “Obrigado aos países que ajudaram imensamente, todos estavam unificados para que essa guerra terminasse e de ver paz no Oriente Médio, e agora estamos muito próximos dessa paz. Obrigado, e todos serão tratados de forma justa”, disse o republicano em vídeo de pouco mais de um minuto.
No entanto, o comunicado do Hamas não faz menção a uma das principais exigências do plano de Trump – que o Hamas concorde com seu desarmamento e não desempenhe mais nenhum papel no governo de Gaza. O Hamas condiciona transferir “a administração da Faixa de Gaza” para um “corpo palestino de tecnocratas independentes baseado no consenso nacional palestino e apoiado por respaldo árabe e islâmico”. É um diferença substancial em relação ao plano de paz de Donald Trump, que prevê Gaza “sob a governança transitória temporária de um comitê palestino”, mas supervisionado por novo órgão internacional transitório, liderado por Trump, o ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair, e “outros membros e chefes de Estado a serem anunciados”.