O técnico de enfermagem Adriano Fernandes de Moura, que atualmente trabalha na imunização contra a Covid-19 em Campo Grande alega ter recebido doses diferentes das vacinas: em janeiro, quando atuava pela Cassems, recebeu a AstraZeneca da Fiocruz, e em abril, a Coronavac, conforme o canhoto publicado na matéria. Faz um mês que o mesmo tem procurado os órgãos responsáveis para solucionar o erro, porque acredita que dever ser monitorado, mas até agora não obteve resposta nem por parte da Secretária Municipal de Saúde e nem pela Secretaria Estadual de Saúde, por isso deve recorrer ao Ministério de Saúde.
Adriano conta que a segunda dose tomou no drive-thru do Centro de Exposições Albano Franco, após ir até a Seleta. “Quando saiu o calendário era para tomar a AstraZeneca, fui na Seleta tinha acabado as doses, só tinha na Cassems ou no Albano Franco. Achei que no Albano Franco tinha menos pessoas e fui lá, só que na hora, depois que esperar por três horas, nem prestei atenção no canhoto e fui embora só depois fui perceber o erro”, explica.
Este erro ficou mais visível ainda quando o mesmo foi apresentar documentos para entrar no cargo na Prefeitura Municipal de Campo Grande. “Quando fui pegar o comprovante de vacinação que fui ver e no sistema não está lançado a segunda dose, ou seja, é como se eu não tivesse tomado, mas no canhoto está que tomei a Coronavac. Ou seja, Só me dei conta quando foi assumir o cargo na Prefeitura e apresentei o cartão de vacinação”, destaca.
O técnico de enfermagem já foi na Central de Imunização. Até o momento o problema não foi resolvido e no IMTI (Instituto de Tecnologia da Informação) de Campo Grande a resposta foi a seguinte: “O sistema está programado para não aceitar que aplique dose divergente. Isso não pode. Então não vai conseguir registrar essa dose. Essa pessoa vai ter que ser acompanhada porque não poderia ter aplicado de jeito nenhum outra vacina. Vai ficar a dose sobrando em seu estoque e informa a imunização sobre como proceder nessa situação”.
Adriano desabafa: “Ninguém resolve, um joga pra lá, joga pra cá. Eu trabalho na vacina, eu não sei quem está com o vírus ou não, a pessoa chega aqui a gente faz a entrevista a pessoa pode mentir e seu eu pegar e levo para a casa com um avó cardiopata com 82 anos. Estou muito preocupado”.
A Secretária Municipal de Saúde informou na manhã desta quarta-feira (23) que talvez tenham escrito errado no canhoto dele, mas que isto está sendo verificado. Nestes casos, o paciente pode entrar em contato com o serviço de Teleconsulta através do 2020-2170 para que seja notificado o ocorrido. Posteriormente, o serviço de imunização irá entrar em contato para fazer o devido acompanhamento.
Matéria editada às 10h42 para acréscimo de informações.