O Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul (SinMed/MS) se posicionou contrário à decisão da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) de centralizar o atendimento pediátrico para duas Unidades de Pronto Atendimento (UPA): Universitário e Coronel Antonino.
O presidente do SinMed/MS, Marcelo Santana, já avisou que a entidade de classe irá lutar pela categoria e pela população que ficará desassistida:
“A centralização do atendimento pediátrico em Campo Grande vai na contramão da necessidade da população. Sabemos que essa ação vai reduzir a acessibilidade de muitas famílias que ficarão extremamente distantes dos pontos de atendimento, provocando um risco desnecessário a saúde das crianças”.
Ele lembra também que no período do inverno aumenta o número de doenças respiratórias e que recentemente passamos por um surto que lotou a rede municipal e os hospitais com crianças afetadas pela doença. “Se essa situação se repetir teremos um sistema de saúde ainda mais despreparado e quem sofre é a população, ressaltou.
Outro ponto a ser destacado é que o último Censo 2022 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) demonstrou um aumento populacional tanto em Campo Grande, quanto no Estado e o atendimento pediátrico na Capital há tempos já estava defasado.
O atendimento hospitalar pediátrico também é insuficiente e por essa razão as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e Centro Regionais de Saúde (CRs) têm sido suporte para evitar o abarrotamento hospitalar.
“Quando o atendimento nas UPAs e CRSs funcionam de forma efetiva, diminuímos a quantidade de encaminhamentos hospitalares, não há lógica em reduzir um atendimento que precisa ser urgentemente ampliado”, conclui o presidente.