Ciente da importância da cultura como segmento responsável por movimentar a economia, a candidata a prefeita Rose Modesto (União Brasil) vai trabalhar para garantir 1% do orçamento da Prefeitura de Campo Grande para levar projetos artísticos às sete regiões da cidade. Ela também garantiu o aumento dos recursos para os editais dos fundos municipais de fomento à cultura e a volta da Fundac (Fundação Municipal de Cultura).
Para Rose, destinar 1% do orçamento ao segmento é uma questão “de vontade de fazer acontecer”. “A atual gestão vetou na LDO o 1% para a cultura. Não se trata de um entendimento legal, mas de um entendimento político. Os artistas querem recurso para ser executado no fomento à cultura, em editais e programas e não para o custeio da secretaria. Vamos aumentar esse orçamento, progressivamente, para chegar a 1% até o final do mandato”, garantiu.
Com sua experiência em Brasília, a candidata também pretende buscar verbas federais para o setor. “Vamos viabilizar mais recursos por meio de emendas parlamentares, Lei Rouanet para o município e parcerias público-privadas”, elencou.
Sobre o Fundo Municipal de Investimentos Culturais (FMIC) e o Programa de Fomento ao Teatro (FOMTEATRO), Rose vai alinhar as regras de acordo com os Marcos Regulatórios da Cultura do Sistema Nacional de Cultura e do Fomento à Cultura, aprovados este ano. “Vamos rever também nosso Plano Municipal de Cultura a partir dos novos marcos regulatórios para garantir que nossa produção cultural possa crescer de forma sustentável”, frisou.
“Precisamos aumentar os valores do FEMIC e do FOMTEATRO. Desde 2014, esses valores não são alterados. É preciso fazer um aumento gradativo para recompor perdas nos valores ao longo dos últimos anos”, completou a candidata.
Rose também trará de volta a Fundação de Cultura (FUNDAC). “A escolha do diretor-presidente será definida com a participação da classe artística”, garantiu.
Extinto pela atual gestão, a candidata a prefeita também vai retomar o Prêmio Ipê. Em 2021, ano que ficou em vigor, ele promoveu investimento de R$ 960 mil em 152 projetos culturais na cidade.
Obras paradas
Respeitando a preservação e em consonância com o IPHAN, Rose quer concluir o restauro da rotunda e a integração do Complexo Cultural Ferroviário. Ela planeja para o local um Centro de Música e um espaço para abrigar a Banda Municipal.
“Vamos concluir também a obra do Teatro do Prosa e retomar a obra de restauro da Morada dos Baís, além de realizar a revitalização da Praça dos Imigrantes”, acrescentou Rose.
Ciente de que as feiras estão se tornando um dos programas favoritos de muitas famílias campo-grandenses e conquistando cada vez mais público, Rose garantiu que a prefeitura será parceira nesses projetos. “Vamos apoiar a iniciativa e não dificultar, como vem acontecendo”, afirmou.
Preocupada com a falta de segurança no centro da cidade e com o aumento de moradores de rua, Rose quer trazer vida à região, com gastronomia, shows, eventos esportivos e utilizar mais as praças para atrações com artistas locais.
Rose ainda defende a inclusão de artistas de mais de 60 anos nos programas da prefeitura. “Projetos como o Noite da Seresta, com uma versão para artistas 60+ se apresentarem, pode ser implementado nas praças, como Ary Coelho, como Cabeça do Boi, entre outras”, citou.
Carnaval
Sobre o Carnaval de Rua, a candidata entende que o evento cultural é importante por movimentar a economia e necessita de apoio”. “O carnaval de blocos na esplanada só acontece por conta da iniciativa privada e dos coletivos. A prefeitura precisa ser corresponsável, apoiar a iniciativa desde a organização à infraestrutura, com banheiros e segurança, por exemplo”, comentou.
Já sobre a Liga das Escolas de Samba de Campo Grande, para Rose, falta estruturar mais e oferecer mais condições para a LIENCA trabalhar. “É importante compreender que a Liga precisa de aportes com maior antecedência porque a confecção dos materiais começa muito antes. É preciso estruturar melhor a Praça do Papa”, avaliou a candidata. Segundo pesquisa da Associação dos Lojistas, cinco dias de carnaval na cidade, movimentaram cerca de R$ 22 milhões só em serviços. “O interior começou a vir à capital para o carnaval dos blocos”, destacou Rose.