Após morte de um promotor de vendas durante cobrança de uma dívida de revendedora, na noite de ontem (20), Rua General Walter Gustavo Escheneek, na esquina com a Leão Zardo, Bairro São Conrado, em Campo Grande, vários relatos de ameaças vindo desse tipo de profissional chegaram ao conhecimento do site CapivaraNews.
Nas redes sociais do site, leitores cogitaram que o trio de promotores envolvido no caso é o mesmo que vem ameaçando e coagindo outras revendedoras na Capital. Vizinhos próximos ao local do crime disseram que antes do autor atirar, que seria um familiar da revendedora, um dos promotores tinha dado até mesmo um tapa no rosto dela durante a cobrança da dívida.
Uma leitora, que identificaremos apenas como Mayara expôs sua opinião sobre o caso: “Esse povo que deixa as coisas para revenda são muito prevalecidos, deixam os produtos marcam uma data e aparecem um mês depois, ameaçando a pessoa, xingando fazendo um auê, já ouvi muitos relatos sobre. Ninguém iria sair atirando assim por apenas ir cobrar a revendedora, com certeza já avia acontecido algo antes”.
Entrevistada pelo site CapivaraNews, outra leitora, identificada apenas como Dayane, que mora na região do acontecido, mas no Jardim Santa Emília, contou que algo parecido aconteceu com ela a alguns dias. Ela alega ter sido ameaçada por um trio de promotores do Estado de Rondônia por causa de uma dívida de R$ 137.
“Quando eles chegaram à minha casa para oferecer o produto, vieram com a maior educação do mundo, no começo eu não queria pegar, mas eles insistiram tanto que eu acabei pegando”, começa contando ela.
A partir daí deram o prazo para Daiane fazer o acerto em dois meses. “Eu fiquei com alguns produtos e outros eu revendi e tinha que fazer o acerto com eles no valor de R$ 637. Eles vieram na data combinada, porém por volta de 23 horas, com bastante agressividade e eu falei que só tinha R$ 400, porque algumas pessoas ainda não haviam pagado, e eu estava tirando do meu próprio bolso para repor”.
Ela tentou negociar pedindo uma chave PIX para que ela pudesse pagar em outra oportunidade, mas o trio de promotores, que percorre os bairros da Capital em um veículo VW Gol, de cor vermelha, deixando Lingeries e Cuecas para revenda, não aceitou e disse que voltaria no outro dia. “Como vem na casa de uma mulher que mora sozinha, 23 horas, três homens e ainda fazer ameaça, me diz?”, desabafa ela.
No outro dia o grupo trio retornou, segundo ela ameaçou suas filhas que estava na casa. “Eu fiquei quase louca, tive que correr pra pegar dinheiro emprestado pra pagar porque fiquei com medo, porque eles ameaçavam de tudo quanto é forma”, conclui.
Crime de ontem
Conforme a PM, um dos promotores identificado como Júlio César por testemunhas, acabou morrendo, após o trio de promotores ser recebido a balas na Rua General Walter Gustavo Escheneek, na esquina com a Leão Zardo, Bairro São Conrado.
Os homens estavam em um veículo Chevrolet Colbat, de cor prata. Após os disparos, o carro percorreu alguns metros e subiu em cima da calçada da residência vizinha.
Outro homem foi ferido a coronhadas e levado pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) para atendimento médico.
A polícia procura o autor dos disparos, que seria familiar de uma revendedora, que havia pegado produtos cosméticos, com os promotores de venda e não havia pago.