Dois homens foram presos por ter deixado um cachorro morrer de hipotermia no Bairro São Conrado, em Campo Grande. Um jovem de 27 anos, que tinha recém saído da cadeia e seu enteado de 23 anos.
Tudo começou na manhã de ontem (29), quando a Polícia Civil do Estado de Mato Grosso do Sul, por meio da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Ambientais e de Atendimento ao Turista – Decat compareceu a casa onde constatou haver um filhote de 5 meses, cor preta, sem raça definida, morto na garagem e um cão de cor branca, macho, tamanho médio, de aproximadamente um ano e meio, amarrado no poste do padrão de energia elétrica do imóvel.
De acordo com os policiais, a situação se desenvolvia desde a noite anterior, pois, segundo consta, os tutores ignoraram o frio intenso da Capital e deixaram os dois animais no quintal, não tendo disponibilizado mantas, roupas, cobertor, casinha forrada ou qualquer outro tipo de aparato para os cães se abrigarem, ficando os mesmos expostos diretamente ao vento e ao frio gelado da noite e da madrugada.
A conduta dos donos causou intenso sofrimento aos cães, tendo o filhote falecido por hipotermia.
Em busca realizada no local dos fatos, os investigadores acharam no quarto de um dos presos, 9 cartuchos 357 e três cartuchos 45, todos íntegros.
Os autores foram presos e autuados em flagrante pelos crimes de maus-tratos e posse irregular de munição de uso restrito.
O autor de 27 anos tinha saído da cadeia na tarde do dia anterior e explicou ter ficado preso provisoriamente por 28 dias em razão de autuação em flagrante por tráfico de drogas.
Conforme procedimento padrão da Unidade Policial, o cão sobrevivente foi resgatado e juntamente com o corpo do cão falecido, levado para o CCZ para exames de corpo de delito.
Denúncias sobre crimes ambientais à Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Ambientais e de Atendimento ao Turista – Decat, podem ser feitas via email denuncias.decat@pc.ms.gov.br, com a possibilidade de inserção de vídeos, fotos e todas as informações disponíveis, garantindo-se o anonimato, desde que solicitado expressamente, devendo o denunciante atentar-se para as consequências de denúncias inverídicas.