Como divulgamos anteriormente, o ex-prefeito de Maracaju, Maurilio Ferreira Azambuja, não chegou a ser preso na Operação Dark deflagrada pela Dracco, na manhã desta quarta-feira (22). Ele está foragido, mas segue na lista dos mandados de prisão da operação que apreendeu 9 veículos e prendeu 6 pessoas.
A delegada titular da Dracco, Ana Cláudia Medina, disse que uma pessoa foi presa em flagrante por ser encontrado pelos policiais arma e munição, além da apreensão de dinheiro que está sendo contabilizado.
Foram presos o ex-secretário de finanças do município, Lenilson Carvalho Antune, além de, Daiana Cristina Kuhn, que já foi Secretária Municipal de Administração, Iasmin Cristaldo Cardoso, que atuou como Diretora do Departamento de Tesouraria, Pedro Emerson Amaral Pinto – da Tapeçaria Lobo, Fernando Martinelli Sartor, que atuou como Assessor Especial de Gabinete e mantém ainda ao menos um contrato de R$ 60 mil com a Prefeitura para sublocação de parte da Fazenda Serrinha e Moisés Freitas Victor, pelo prazo de cinco dias.
Investigação
A polícia descobriu a criação de uma conta bancária de fachada, diversa da oficial e não declarada aos órgãos de controle interno e externo do município, por onde foram promovidos mais de 150 repasses de verbas públicas em menos de 1 ano. A partir de negócios jurídicos dissimulados, integrantes do alto escalão da prefeitura emitiram mais de 600 lâminas de cheques, que totalizaram mais de R$ 23 milhões, a empresas, sem qualquer embasamento jurídico para amparar os pagamentos.
Muitas das empresas beneficiárias dos valores não mantinham relação jurídica com a prefeitura – licitação, contrato ou meio legal que amparasse a transação financeira. Além disso, não havia emissão de notas fiscais e os valores não eram submetidos a empenho de despesas.
Alvos foram encontrados no Paraná. As ações se desdobram em Maracaju, Corumbá, Ponta Porã e Campo Grande e envolveram 60 policiais civis do Estado e ainda na cidade de Umuarama-PR.