Em sua célebre frase, Hipócrates diz que nós somos aquilo que comemos. E mais do que uma relação direta entre moléculas, o sentido figurado também se aplica: se nos alimentarmos de forma mais saudável, ficamos menos doentes e nosso corpo funciona melhor. A jornada para escolher o que forma o que vai no prato começa na gôndola do mercado e, diante de um mundo de opções, como tomar boas decisões nutricionais?
O Grupo Pereira realiza, desde janeiro deste ano, uma agenda fixa mensal de orientação nutricional, com o objetivo de conscientizar e auxiliar clientes e colaboradores a repensar seus hábitos alimentares e a fazer escolhas mais saudáveis. A iniciativa faz parte do compromisso da companhia com o bem-estar de seus clientes e funcionários, premissa que faz parte do propósito de “ser um bom lugar para passar a vida, nos transformando e as pessoas e o ambiente ao nosso redor”.
Desde o início do ano, mais de 80 nutricionistas participaram do projeto, que já acumulou 3.116 orientações. A ação acontece nas bandeiras Supermercado Comper e Fort Atacadista, nos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Rio Grande do Sul e no Distrito Federal. No MS, os atendimentos acontecem às últimas quintas-feiras de cada mês em todas as unidades, realizadas por 11 profissionais.
Como funciona?
O processo de orientação nutricional começa com uma triagem detalhada, incluindo a avaliação do Índice de Massa Corporal (IMC), consumo de água, preferência por alimentos ultraprocessados ou naturais, ingestão de açúcar e outros fatores nutricionais relevantes. Com base nos resultados desta avaliação, os profissionais de nutrição oferecem orientações personalizadas. “O papel do nutricionista não é só estar lá na produção de alimentos, não é só atender na clínica, mas sim também mostrar pra pessoa como ela pode ter hábitos saudáveis”, explica a encarregada regional de nutrição, Leticia Mayra Carvalho Chessini, responsável pelos atendimentos em Campo Grande/MS. “Então mesmo em um atendimento mais rápido do que o tradicional, em consultório, nós já conseguimos ajudar a pessoa escolher naquele momento ali um tipo de alimento mais benéfico para sua alimentação”, avalia.
A crescente ingestão de alimentos ultraprocessados e ricos em açúcar está diretamente associada ao desenvolvimento dessas doenças, e são amplamente consumidos pela população. Segundo a nutricionista, durante a ação, que tem uma boa adesão do público, as orientações ressaltam, dentre outros pontos, a importância de ler os rótulos na hora das compras. “Nós compartilhamos alguns materiais, como ‘10 passos para uma alimentação saudável’, que recebemos do Ministério da Saúde, onde fala um pouquinho do que é um alimento processado, ultraprocessado, minimamente processado, porque ter essa ciência é fundamental na hora de tomar a decisão da compra dos alimentos para casa”. Para encerrar, a especialista dá uma dica: “Quanto mais descascar e menos desembalar os alimentos, melhor”.