As novas rotas de integração com saída pelo Pacífico vão fortalecer as relações comerciais entre Brasil e China e ainda contribuir para a redução da desigualdade e promover a integração regional. Essa é a avaliação do governo federal apresentada pela Ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, durante o “Seminário Empresarial Brasil-China: os próximos 50 anos”.
Na ocasião, Tebet apresentou o projeto das cinco Rotas de Integração Sul-Americana, entre elas, a RILA (Rota de Integração Latino-Americana), que ligará Mato Grosso do Sul até os portos do Norte do Chile. “Só poderemos crescer de forma sustentável e duradoura, não só com uma nova indústria, mas também com a integração regional do Brasil com os países vizinhos da América do Sul e com os nossos parceiros, especialmente a China e sudeste asiático”, disse a ministra.
O evento ocorreu nesta quarta-feira (5), em Pequim, com a participação de empresários dos dois países e representantes do governo chinês.
As rotas de integração, Rota 1 Ilha das Guianas, Rota 2 Manta-Manaus, Rota 3 Quadrante Rondon, Rota 4 Bioceânica de Capricórnio (ou RILA) e Rota 5 Porto Alegre Coquimbo, permitirão reduzir o tempo de transporte de mercadorias entre Brasil e China em até três semanas, o que aumentará a competitividade dos produtos dos dois países.
Para Cláudio Cavol, presidente do Setlog/MS, ver a RILA entre as cinco saídas para o Oceano Pacífico sendo apresentada na China, é a coroação de todos os esforços realizados ao longo dos anos. “É uma satisfação muito grande ver o resultado do nosso trabalho e de todos os nossos parceiros que tornaram esse sonho possível. Hoje é uma realidade que está no topo das discussões internacionais e sendo concretizada a cada dia com o andamento das obras. Estamos vivendo um momento histórico e, em breve, vamos colher os frutos disso tudo, com o fortalecimento da nossa economia”, ressaltou o presidente.
Na sua avaliação, o estado não poderia ficar sem fazer parte de um desses trajetos, já que estamos no Centro-Oeste do País. “Esta é uma oportunidade para todos os municípios e países envolvidos de abrir novos mercados e promover, de fato, a integração de todos que fazem parte desse corredor”, finalizou.