Músicos da OSB (Orquestra Sinfônica Brasileira) passaram uma semana em Corumbá, no coração do Pantanal, compartilhando conhecimento com as crianças e adolescentes atendidas pelo Instituto Moinho Cultural Sul-Americano. Os músicos da OCAMP (Orquestra de Câmara do Pantanal) também participaram do intercâmbio de aprimoramento.
O intercâmbio faz parte do projeto Conexões Musicais, que tem oferecido aprimoramento musical aos alunos atendidos pelo Programa Vale Música, no Moinho Cultural. As visitas dos músicos da OSB são residências pedagógicas, nas quais renomados músicos brasileiros ministram aulas aos participantes do Moinho Cultural, com o objetivo de aprimorar a técnica instrumental, a prática de concerto e a interpretação de diferentes estilos.
Músico da OSB, Thiago Tavares afirma que a ideia era compartilhar música e conhecimento, mas acabou recebendo muito mais das crianças e adolescentes atendidos pelo Moinho Cultural.
“Como músico, estou extremamente feliz e emocionado com essa parceria. Viemos aqui compartilhar música, conhecimento e vivenciar doação. A gente veio doar e acabou que recebemos mais dos alunos. Eles são sedentos por aprender, somos muito gratos por ter essa oportunidade e, com certeza, vou voltar para o Rio de Janeiro com o coração lavado”, afirmou.
A dedicação dos futuros músicos chamou a atenção do trompetista Nilson Coelho. “Os alunos são muito muito dedicados, esforçados e nota-se que todos têm talento e, com um pouco mais de informação, o céu é o limite para esta criançada. Para a gente, é sempre um prazer poder disseminar nossa música e compartilhar isso com as crianças. É muito importante para a nossa vivência essa troca”, destacou.
Para a timpanista e percussionista solista-chefe do naipe de percussão da OSB, Fernanda Kremer, a primeira viagem em Corumbá foi especial.
“Através deste patrocínio do Instituto Cultural Vale, a gente tem a possibilidade de visitar projetos como o Moinho Cultural e compartilhar um pouco do nosso conhecimento com os atendidos. Andar pelo prédio do Moinho Cultural escutando música, ver os alunos super disciplinados e interessados, com muita sede de aprender, inspira muito a gente. Levamos um pouco de toda essa energia que acontece aqui, que é fantástica. Todos os alunos estão super interessados e focados. Acreditamos que, através da música, vamos conseguir fazer uma transformação social para um mundo melhor”, contou a musicista.
A diretora-executiva do Moinho Cultural, Márcia Rolon, explica que a vivência é uma experiência única na vida de dezenas de crianças e adolescentes atendidos pela instituição, que há mais de 18 anos atua na região pantaneira e fronteiriça.
“Este intercâmbio é um novo mundo que se abre na vida das nossas crianças e adolescentes. É uma experiência única e extremamente motivadora. Poder receber no Pantanal músicos tão conceituados e experientes é uma dádiva que, com certeza, tem ajudado a transformar vidas por meio da arte”, disse.
Dessa vez, o Moinho Cultural abriu suas portas e convidou também alunos musicistas de outros projetos da cidade, como o Instituto Novo Olhar e da Banda Municipal Manoel Florencio, oportunizando o acesso a um ensino de excelência para crianças e jovens que não fazem parte do Moinho.
SOBRE O MOINHO CULTURAL
Fundado em 2004, o Moinho Cultural é uma organização da sociedade civil que atua nos territórios fronteiriços do Brasil para a transformação positiva da realidade local, dando voz e vez às crianças, adolescentes e jovens, por meio de acesso a bens culturais, conhecimento tecnológico, noções de empreendedorismo e cidadania plena. Desde o início das atividades, mais de 23 mil crianças e adolescentes já foram atendidos pela instituição.
O Moinho Cultural, que nasceu em Corumbá, no coração do Pantanal sul-mato-grossense, também atua na formação de intérpretes criadores. Do trabalho desenvolvido na instituição, nasceu a Cia de Dança do Pantanal e a OCAMP (Orquestra de Câmara do Pantanal), que têm disseminado a arte pantaneira pelo Brasil e também no exterior.
SOBRE A ORQUESTRA SINFÔNICA BRASILEIRA:
Fundada em 1940, a Orquestra Sinfônica Brasileira é reconhecida como um dos conjuntos sinfônicos mais importantes do país. Em seus 82 anos de trajetória ininterrupta, a OSB já realizou mais de cinco mil concertos e é reconhecida pelo pioneirismo de suas ações, tendo sido a primeira orquestra a realizar turnês pelo Brasil e exterior, apresentações ao ar livre e projetos de formação de plateia.
Composta atualmente por mais de 70 músicos brasileiros e estrangeiros, a OSB contempla uma programação regular de concertos, apresentações especiais e ações educativas, além de um amplo projeto de responsabilidade social e democratização de acesso à cultura.
Para viabilizar suas atividades, a Fundação conta com a Lei Federal de Incentivo à Cultura, tem o Instituto Cultural Vale como mantenedor, a Shell e a NTS – Nova Transportadora do Sudeste como patrocinadores master, Brookfield e Eletrobras Furnas como patrocinadores, Sergio Bermudes Advogados e SulAmérica como copatrocinadores, além de um conjunto de apoiadores culturais e institucionais.
SOBRE O INSTITUTO CULTURAL VALE:
O Instituto Cultural Vale parte do princípio de que viver a cultura possibilita às pessoas ampliarem sua visão de mundo e criarem novas perspectivas de futuro. Tem um importante papel na transformação social e busca democratizar o acesso, fomentar a arte, a cultura, o conhecimento e a difusão de diversas expressões artísticas do nosso país, ao mesmo tempo em que contribui para o fortalecimento da economia criativa. Nos anos 2020-2022, o Instituto Cultural Vale patrocinou mais de 600 projetos em mais de 24 estados e no Distrito Federal. Dentre eles, uma rede de espaços culturais próprios, patrocinados via Lei Federal de Incentivo à Cultura, com visitação gratuita, identidade e vocação únicas: Memorial Minas Gerais Vale (MG), Museu Vale (ES), Centro Cultural Vale Maranhão (MA) e Casa da Cultura de Canaã dos Carajás (PA). Onde tem Cultura, a Vale está.
SOBRE O PROGRAMA VALE MÚSICA:
O Programa Vale Música é um projeto autoral do Instituto Cultural Vale. O programa é uma rede colaborativa de ensino e aprendizagem entre estudantes de polos musicais em quatro estados – Pará, Espírito Santo, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul – e profissionais das maiores orquestras do país. Ao todo, envolve cerca de 250 profissionais e mais de 1.000 alunos em intercâmbios, aulas e residências artísticas. São parceiras do Programa Vale Música a Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB), a Orquestra Ouro Preto, a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp) e a Nova Orquestra, patrocinadas por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.