No dia em que se comemora o Dia da Água, 22 de março, a Wetlands International, por meio do Programa Corredor Azul e seus parceiros, MIS (Museu da Imagem e do Som), Fundação de Cultural de Mato Grosso do Sul e Governo do Estado de MS, abre exposição “Pantanal – Águas que conectam”, às 16h.
Fotos e vídeos ficarão expostos até o dia 12 de abril na sede do MIS, localizado na avenida Fernando Corrêa da Costa, 559, com o objetivo de provocar reflexão no público sobre a importância dos ciclos das águas para o Pantanal, e como as transformações nas paisagens, juntamente com os efeitos das mudanças climáticas colocam em risco o bioma que se estende pelos estados brasileiros de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, e atravessa fronteiras abraçando terras do Paraguai e Bolívia.
“A Exposição Pantanal – Águas que conectam é uma importante iniciativa para ligar o meio ambiente ao mundo digital no qual vivemos. O Museu da Imagem e do Som recebe essa atividade com entusiasmo, posto que o Pantanal é um dos Patrimônios mais importantes do Estado e do mundo, sua conservação é de vital importância para todos nós”, Alexandre Sogabe, coordenador do Museu.
A exposição também marca o encerramento da Fase 2 do Programa Corredor Azul, desenvolvido pela Wetlands International, e com previsão de sequência das atividades até 2027 na Fase 3. O Corredor Azul atua para salvaguardar a saúde e a conectividade do sistema de áreas úmidas Paraná-Paraguai, como patrimônio natural fundamental para o desenvolvimento sustentável da região e a subsistência das comunidades em todo o sistema.
A partir da conexão das águas, desde o Pantanal brasileiro até o Delta do Paraná, na Argentina, forma-se o Sistema Paraná-Paraguai (Corredor Azul), um dos últimos exemplos do mundo de um grande sistema de rios de fluxo livre e contínuo que conecta inúmeras áreas úmidas. O programa é financiado pela DoB Ecology, e o nome é uma alusão ao grande volume de água que circula dentro dessas importantes áreas úmidas da América do Sul.
Conforme explica Rafaela Nicola, diretora executiva da Wetlands International Brasil, o momento é de comemorar os avanços do Programa até este encerramento da Fase 2, que incluem a atuação junto das comunidades e produtores locais. Entre os resultados, 72.361 hectares de áreas úmidas produtivas implementando práticas de manejo de criação de gado melhores com nosso apoio e orientação e 57 hectares em processo de restauração para aumentar a conectividade e a saúde das áreas úmidas.
“Em seis anos de trabalho, o Programa Corredor Azul construiu parcerias com mais de 30 instituições de pesquisa, organizações não governamentais, órgãos públicos e proprietários rurais. Envolvemos também comunidades tradicionais e povos indígenas, e mobilizamos a sociedade para ações de proteção, conservação e uso sustentável do Pantanal. Esperamos escalar esse e outros resultados para a etapa seguinte do Programa, fortalecendo ainda mais nossas alianças e parcerias para o território. Já a exposição, acreditamos que as imagens sirvam como fonte inspiradora para o público também cuidar e reverenciar as nossas águas do Pantanal”, afirma Rafaela Nicola.
Sobre a Wetlands International
A Wetlands International é a única organização global sem fins lucrativos dedicada à conservação e restauração de áreas úmidas. Seu compromisso é proteger e restaurar essas áreas devido ao seu valor ambiental e aos serviços essenciais que proporcionam às pessoas. Trabalha por meio de uma rede de escritórios, parceiros e especialistas para alcançar seus objetivos. A maior parte do seu trabalho é financiada por projetos de governos e doadores privados, contando também com o apoio de membros governamentais e ONGs.
A organização é associada à Convenção de Áreas Úmidas de Importância Internacional (Convenção Ramsar). O escritório no Brasil fica localizado em Campo Grande/MS.
Serviço
Quando: de 22 de março a 12 de abril, de segunda a sexta-feira das 8h às 18h
Onde: Museu da Imagem e do Som, avenida Fernando Corrêa da Costa, 559, Campo Grande
Abertura: 22 de março às 16h