O Instituto Moinho Cultural Sul-Americano recebeu mais uma voluntária, com apoio do programa Exchange do Bem. A jovem curitibana, que ainda não conhecia as terras sul-mato-grossenses, chegou em Corumbá (MS) há quase um mês e afirma a realização que sentiu com a escolha feita.
“Eu já participei de alguns projetos com o Exchange do Bem, e quando descobri o Moinho, eu fiquei muito ansiosa e falei “por que não ir para lá e conhecer um lugar diferente?”. Desde pequena, eu sempre fui apaixonada por dança e arte, e ter vivido um pouquinho disso aqui no Moinho, acompanhando as aulas, ter visto tudo isso, foi algo incrível para mim, inclusive porque estava meio afastada da dança há uns aninhos.”, destacou a voluntária Ana Vittória.
A Exchange do Bem é uma empresa social que tem o objetivo de fomentar o voluntariado, conectando voluntários com diversos projetos ao redor do mundo. São mais de 70 opções de destino entre África, Ásia e América Latina para realizar o intercâmbio voluntário.
No caso do destino escolhido por Ana Vittória, o interesse também pode surgir justamente pela questão cultural. Corumbá é considerada a capital do Pantanal em Mato Grosso do Sul e divide fronteira com a Bolívia. Inclusive, promover o desenvolvimento de crianças e jovens da região fronteiriça é um dos pilares desenvolvidos e defendidos pelo Instituto.
“Eu notei que tem muitas crianças da Bolívia, aqui no Moinho. São muitas crianças de fora, muitas crianças do Brasil, e acho essa mistura cultural muito relevante. Eu lembro de uma menina pequenininha que veio me abraçar um dia, e falou que me amava. Nossa, naquela hora eu quase sentei e chorei. Abracei aquela criança com tanto carinho. E acho que é esse tipo de experiência que agrega para toda a vida, e todo mundo que passa por aqui leva essa marca.”, disse a jovem de 17 anos.
Segundo a diretora executiva do Moinho Cultural, Márcia Rolon, essas interações com voluntariado só causam impactos positivos para a instituição. “a oportunidade de receber voluntários de outras cidades brasileiras e até mesmo estrangeiros é agregadora. É a partir dela que conseguimos ampliar nossas percepções, enxergar outros pontos de vista. Nos traz um novo fôlego.”, completou.
Para Ana Vittória, as semanas em que esteve no Instituto tiveram um ar especial também pela reconexão com a dança. A voluntária se envolveu em atividades de música, aulas de dança junto às crianças, e nos processos de organização do Nhô Moinho na Bio, festa julina da ONG, que, de acordo com ela, foi um evento gigante e reuniu boa parte de Corumbá.
“O Moinho é arte, é cultura e energia. Então, sempre que você está aqui, tem sempre muita gente. Eu percebo que ele move a cidade inteira”, concluiu.