Até que ponto ter um grande número de seguidores, likes ou quaisquer outro engajamento, representa um resultado concreto para o seu negócio com vendas ou prestação de serviços? Esse é um questionamento importante que nos leva a refletir sobre a corrida desenfreada para conquistar um público que, na maioria das vezes, não é qualificado, mas quantificado. Esse comportamento ganhou o nome de métrica de vaidades pois, apesar de expressivos, não são garantia de sucesso para suas vendas.
O assunto será abordado em um workshop que acontece nesta terça-feira (16) pelo publicitário Fabio Duarte na Hack The Web, escola de Marketing Digital. Com o tema, Marketing de Influência, Fábio traz assuntos como o influencers e comportamentos; como influenciar ou se tornar um influencer; usar o Marketing de Influência no seu negócio; Tendências do Marketing de Influência e Comportamento de Mercado
“Primeiramente, é importante deixar claro o objetivo da pessoa. Para vender serviços ou produtos, é preciso ter seguidores qualificados e não volume de seguidores. Quem busca freneticamente por seguidores, já foi tomado pela dependência da rede social e está usando de maneira química, como vício. Na maioria das vezes, o número de seguidores, não te ajudam com relação ao seu objetivo”, informou Fábio.
Ele lembra ainda que existe o público que observa isso quando contrata um influencer, às vezes é importante, às vezes não, mas não estamos, nesse caso, falando de vendas e sim dos profissionais ditos influencers.
“Quem busca isso de qualquer maneira vai conseguir, mesmo que passe até pelo ridículo, se estão em busca frenética, todas as dancinhas, trends, o que tá estourando na Europa, Estados Unidos, pode comprar seguidores, o que tende a deixar uma bagunça sua rede social”, avisou o especialista.
A publicitária e uma das proprietárias da escola de Marketing Digital, Giovanna Simioli, houve um tempo em que era muito comum as chamadas fazendas de instagram, onde os blogueiros compravam seguidores, com perfis falsos. Depois disso, surgiram as ferramentas de vendas de seguidores com pessoas reais, porém, que não tinham qualquer proximidade com o objetivo da página por viverem em outros lugares ou mesmo em outros países. Isso acabou inchando o Instagram, que ao perceber, passou a banir contas ou derrubar o engajamento delas. Para ela o mais importante é gerar conteúdo de relevância para atrair públicos específicos.
Giovanna lembra de um momento de sua mentoria em que determinada pessoa a procurou para que pudesse dar um up em seu perfil de modo a subir de 9 para 10 os seguidores, o que iria lhe garantir o famoso “arraste pra cima”, que era um bonus dado pelo instagram antigamente apenas para perfis acima dessa métrica. Quando conseguiu, ela comemorou muito, mas no fim, nem sabia que tipo de link gostaria de colocar na página, o que, de certa forma, a frustrou bastante.
Prova de que seguidores e vendas ativas não estão nem um pouco atreladas, é o empresário carioca Fernando Bahia. Ele tem uma plataforma de e-commerce e com apenas 14 seguidores, fechou sete vendas em um curto período de tempo.
“Venho trabalhando no mercado digital com criação de sites e e-commerce há algum tempo e, por isso, acabei entrando no tráfego pago. Nos últimos quatro anos comecei a sentir a necessidade de compartilhar o meu conhecimento e aquilo que aprendi na vida. Em dado momento tentei, mas foi um grande fracasso. Além de não saber, não ter uma parceria, um mentor que me fizesse crescer, comecei a crescer com alguns questionamentos e dificuldades. Dai eu desisti, mas a vontade não morreu e continuei tocando a vida sem o instagram. Sempre me abstive, era um bloqueio, até que chegou um dia e resolvi voltar. Tentei uma mídia social para ter o status dos números.Já tinha mil seguidores e nenhum engajamento, as pessoas que estavam ali não se comunicavam comigo. Se eu postasse alguma coisa e tivesse aquelas duas ou três curtidas da pena. Pensava que eram familiares, amigos que tinham muita dó.
“Achei melhor começar do do zero, criar do zero. eu simplesmente estava utilizando a ferramenta para aparecer para as pessoas interessadas em ouvir o que eu tinha que falar, tinha 14 seguidores, fui compartilhando conteúdos de forma aleatória e a mentoria abriu minha mente para o que eu estava fazendo. Precisava de qualidade do conteúdo, minha visão era mais estratégica e ainda é, mas não conseguia diferenciar sistema e humanização”, contou.
Serviço
O workshop Marketing de Influência acontece nesta terça-feira (16) com o publicitário Fábio Duarte na Hack The Web, escola de Marketing Digital, a partir das 14h às 18h. O endereço é Rua Canandrina, 112, Campo Grande, MS 79021-171. Inscrições pelo telefone 67 99291-2343.