O secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro) Jaime Verruck, acompanhado do superintendente de Indústria e Comércio, Bruno Bastos, estiveram na semana passada visitando o local.
O secretário ficou impressionado com a evolução da obra e a grandiosidade do empreendimento. “Esta será a maior empresa do mundo em linha única tecnológica de celulose. Nós vemos que as obras estão extremamente avançadas e a previsão é que dezembro de 2024 nós possamos fazer a inauguração desse empreendimento que tem gerado muitos empregos em Mato Grosso do Sul”, destacou Verruck.
Segundo ele, a fábrica vai promover o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), além de gerar oportunidades para os empresários do Mato Grosso do Sul e muitas vagas para as pessoas trabalharem. “Nós acabamos de sair do centro da cidade e vimos quantas filas no comércio, pessoas sendo contratadas, a dinâmica desse município. Então é importante para o Mato Grosso do Sul esse empreendimento captado dentro do governo do Reinaldo Azambuja, onde nós conseguimos mudar a realidade do nosso Estado sendo uma referência mundial”, avaliou.
Fábrica verde
De acordo com informações do diretor executivo Industrial de Celulose, Engenharia e Energia da Suzano, Aires Galhardo, o raio médio estrutural da base florestal que abastecerá a unidade é de apenas 65 km, inferior ao raio médio atual da Suzano, de aproximadamente 220 km. A logística inbound da unidade contará com 50% das operações feitas por veículos hexatrem, o que garante menores custos e emissão reduzida de gases de efeito estufa na atmosfera. O projeto também prevê o uso de equipamentos de última geração que são referência mundial em competitividade e sustentabilidade.
Seguindo o propósito da Suzano – que é “renovar a vida a partir da árvore” – e o conceito de inovabilidade, que consiste na inovação a serviço da sustentabilidade, a fábrica será a mais verde do setor. “Isso significa que ela foi estruturada de forma a garantir que a adoção das melhores práticas e a escolha de equipamentos resultem em uma fábrica competitiva e com importante contribuição ambiental”, detalhou Galhardo.
Para isso a unidade adotará a gaseificação da biomassa para substituição de combustível fóssil nos fornos de cal, um novo marco da Suzano em ecoeficiência. Como resultado, a empresa terá um excedente de aproximadamente 180 megawatts médios, energia que será exportada para a rede e que é suficiente para abastecer uma cidade com 2,3 milhões de habitantes por um mês.
O Projeto Cerrado também contempla o uso eficiente da água na nova unidade, uma vez que 85% do volume captado no Rio Pardo será tratado no processo produtivo, antes de ser devolvido ao meio ambiente.
Além disso, a nova fábrica busca diminuir seu impacto ambiental até o fim da linha de produção, ou seja, há uma preocupação com o destino correto de seus resíduos. “Reduziremos em 70% o total de resíduos industriais destinados aos aterros e mais de R$ 80 milhões serão investidos nas Unidades de Conversação do Mato Grosso do Sul por meio de compensação ambiental”, ressaltou Aires.
Ao longo de todo o Projeto Cerrado, milhares de empregos serão gerados direta e indiretamente na região de Ribas do Rio Pardo De acordo com Galhardo, a construção da nova fábrica segue o princípio de “só é bom para nós se for bom para o mundo”, um dos direcionadores de cultura da companhia. “Nós sabemos que o sucesso do nosso negócio é fruto do desenvolvimento econômico e social”, disse o executivo.