A secretária municipal de Cultura e Turismo de Santa Cruz (Bolívia), Sarita Mansilla, e a desenhista peruana Musi Indacochea, diretora da STUDMYLAN, conheceram, semana passada o trabalho desenvolvido pelo Instituto Moinho Cultural Sul-Americano, na fronteira do Brasil com a Bolívia. As visitantes internacionais foram levadas pela empresária e CEO da Îacaré, Sarah Gutierrez, parceira da instituição.
Sarah Gutierrez foi responsável pela doação do trabalho de reposicionamento das marcas da OCAMP (Orquestra de Câmara do Pantanal) e da Cia de Dança do Pantanal. As logomarcas foram lançadas em abril do ano passado.
“Pouco a pouco, sinto que estou fazendo parte deste grande movimento. E essa é minha intenção. Sigo aqui dizendo que estou disposta a apoiá-los, a dar força e ânimo. Vamos juntos pela mesma causa. Queremos levar o Pantanal para o mundo”, destacou a empresária.
Uma das iniciativas que teve destaque durante a visita foi a Sala de Práticas Linguísticas do Moinho Cultural, um espaço dedicado ao aprendizado e à valorização das diversas línguas e culturas presentes na comunidade local e que envolve crianças brasileiras e bolivianas. A sala é um lugar onde a diversidade é celebrada e onde as barreiras linguísticas são superadas através do diálogo e da compreensão mútua.
Para a secretária municipal de Cultura e Turismo de Santa Cruz, Sarita Mansilla, o trabalho desenvolvido pelo Moinho Cultural “é maravilhoso” e a entrega dos professores e da própria instituição para garantir uma formação íntegra às crianças é um diferencial.
“(O Moinho Cultural) é exemplo para muitas pessoas e, em algum momento, podemos unir forças e fazer algo especial para as crianças do Brasil e da Bolívia”, afirmou, logo após a visita, que contou com um tour pelas dependências da instituição, além de assistir apresentações musicais e de dança. Sarita Mansilla ainda se colocou à disposição para intermediar intercâmbios, em especial dos músicos do Moinho com os da Bolívia.
Emocionada, a diretora da STUDMYLAN, Musi Indacochea, viu de perto alguns trabalhos artísticos de algumas participantes do Moinho e recomendou linha de estudo e profissionais para que se inspirem. Uma das possibilidades é que se consiga bolsas de estudo para elas. STUDMYLAN trabalha com consultores educacionais que ajuda jovens a se candidatarem em carreira, curso ou mestrado nas áreas de Moda, Arte e Design.
“Somos irmãs em nossas missões (STUDMYLAN e Moinho Cultural), pois todas as artes estão conectadas. Ver esse projeto, a paixão das pessoas aqui, me emociona”, afirmou Musi.
Fundado há 20 anos, em Corumbá, o Moinho Cultural já atendeu mais de 23 mil crianças e adolescentes e, no último ano, foi reconhecida como uma das 100 melhores ONGs do Brasil e, pela segunda vez consecutiva, a melhor ONG do Mato Grosso do Sul.
Para a diretora-executiva do Moinho Cultural, Márcia Rolon, a visita foi uma oportunidade de compartilhar as iniciativas e valores da instituição. “Receber pessoas com olhar de mundo fortalece nosso trabalho de transformação por meio da arte, a nossa riqueza cultural precisa ser compartilhada com outros continentes. E também se faz necessário impactar positivamente toda a fronteira brasileira. Parcerias com países da nossa América do Sul é o nosso desafio”, acredita.