A Polícia Civil, em ação conjunta com a Polícia Militar, prendeu em flagrante ontem (18), um homem indígena de 26 anos pela prática de homicídio qualificado pelo emprego de fogo contra uma idosa de 92 anos de idade e um senhor de 55 anos, ambos casados e também indígenas. O fato ocorreu na madrugada de ontem, na reserva indígena Guassuty, em Aral Moreira.
No início do dia, a unidade da Polícia Civil de Aral Moreira foi alertada pela liderança da reserva indígena Guassuty sobre um incêndio com vítimas fatais em uma residência na mesma aldeia. As informações foram repassadas pela liderança indígena do local.
Uma equipe da Polícia Civil, juntamente com a Funerária Inter Pax e a Polícia Científica, se deslocou até a reserva e confirmou a veracidade das informações. No local do crime, foram encontrados dois corpos carbonizados, identificados como Rufino Velasques e Sebastiana Galto, que eram casados.
A liderança da aldeia informou sobre um suspeito, um indígena de 26 anos, que já vinha ameaçando as vítimas devido a uma briga familiar. As buscas pelo suspeito foram iniciadas imediatamente.
Durante as investigações iniciais foram encontradas marcas de sapato no local do incêndio que seriam compatíveis com os do autor. Após a captura do suspeito, a polícia confirmou que as pegadas coincidiam com os sapatos de sua propriedade, corroborando a presença dele no local do crime.
Outras testemunhas e parentes também confirmaram que o autor vinha ameaçando as vítimas há muito tempo, devido a desavenças familiares. Além disso, a liderança da Guassuty informou que o autor também estava envolvido com tráfico de drogas, não apenas na reserva onde residia, mas também em reservas vizinhas, como a Aldeia Limão Verde e a Aldeia Jaguari, ambas em Amambai.
Na residência do autor foi encontrada grande porção de maconha e uma balança que indicavam a comercialização do entorpecente. Depois de um dia de intensas buscas, o autor foi localizado em uma motocicleta e capturado próximo à Vila Marques por uma operação conjunta da Polícia Civil e Polícia Militar, após informações repassadas também pelas lideranças indígenas, em apoio.
O autor foi encaminhado à 1ª Delegacia de Polícia de Ponta Porã, onde permanecerá à disposição da justiça para as devidas providências.