Segundo o Ministério da Saúde, os dados devem ser coletados diretamente com os fabricantes. Mudança acontece após o governo Jair Bolsonaro alterar ao menos cinco vezes o cronograma de entrega de vacinas contra a Covid-19.
Após alterar ao menos cinco vezes o cronograma de entrega de vacinas contra a COVID-19, o Ministério da Saúde decidiu que não vai mais divulgar a previsão de doses para cada mês.
De acordo com informações do Estadão, a pasta informou que agora os dados devem ser coletados diretamente com os fabricantes.
As divulgações e as atualizações de estimativas de chegada de imunizantes começaram em fevereiro após forte pressão sobre o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello.
Em suas projeções, o ministério não considerava os atrasos na entrega de insumos para a produção de vacinas na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e no Instituto Butantan.
Além disso, a pasta somava doses de imunizantes que não tinham aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), como a Sputnik V e a Covaxin. A vacina russa ainda não foi avaliada pelo órgão, e a indiana já foi rejeitada.
Segundo dados desta quinta-feira (8), o Brasil distribuiu 45,2 milhões de vacinas em março. Em fevereiro, o ministério previa que o país teria 68 milhões de doses no mês.
O Instituto Butantan afirmou que concluirá a meta de entregar ao governo federal 46 milhões de imunizantes até o fim de abril, com o volume já distribuído de 38,2 milhões.
Já a Fiocruz, considerando as 8,1 milhões de unidades já fabricadas, espera enviar o total de 26,5 milhões de doses até o começo de maio.
Fonte: Brasil 247.