Estudos, trabalho, independência financeira, busca por um parceiro ideal, são vários os motivos que levam, cada vez mais, mulheres a adiarem a maternidade. Foi o caso da Valéria Verati, de 33 anos.
“Nós mulheres temos o nosso reloginho biológico e eu tenho um grande sonho de ser mãe. Tenho sobrinhos que amo de paixão e não queria correr o risco de não poder ter essa experiência. No começo, quando o meu ginecologista me deu essa ideia de fazer o congelamento, eu me apavorei um pouquinho, mas depois entendi que era o melhor caminho, a decisão mais inteligente, mais madura e consciente que eu deveria tomar”, conta a gerente geral.
Segundo a ginecologista, Jéssica Tha Attivo, a mulher nasce com cerca de 2 milhões de óvulos, mas com o tempo, a quantidade e a qualidade deles diminuem muito.
“A fertilidade chega ao seu pico entre os 20 e 30 anos, após essa idade as chances de gravidez diminuem a cada mês, reduzindo exponencialmente após os 35 anos. Em contrapartida, vemos um cenário onde a cada dia as mulheres demoram mais para ter um parceiro, priorizam sua vida profissional, entre outros projetos e postergam a decisão de se tornarem mães. O congelamento de óvulos, apesar de não ser uma garantia absoluta de gravidez futura, se apresenta como a melhor solução para a mulher contemporânea que vive esse paradoxo”, explica a profissional.
O grande problema é que a maioria das mulheres deveria ter acesso a essa informação a partir das primeiras consultas com ginecologistas, mas a realidade é outra.
“A mulher recebe centenas de informações sobre métodos contraceptivos desde a primeira consulta. Ela se preocupa tanto em não engravidar porque acha que é algo fácil, que pode acontecer a qualquer momento, mas não é bem assim. Profissionais precisam alertar sobre um assunto de igual ou maior importância: a preservação da fertilidade”, alerta a ginecologista Mayara Alves.
Outro tema que deve ser abordado durante a consulta é a menopausa precoce, também conhecida como falência ovariana prematura. No Brasil, as mulheres entram na menopausa entre 46 e 51 anos. Quando ela acontece antes dos 40 anos, pode ser considerada precoce e isso também altera a possibilidade da produção dos óvulos e consequentemente da gravidez.
De olho na idade
Estudos mostram que mulheres de 35 anos que congelam óvulos maduros têm 85% de chances de engravidar com seus próprios óvulos. Acima dos 40 anos, essa taxa cai para 12%.
“Sem óvulos, a gravidez natural fica praticamente impossível e a única alternativa é recorrer aos tratamentos de reprodução assistida utilizando óvulos de outra mulher”, ressalta a ginecologista Renata Abdulahad.
Indicada para pacientes em tratamento contra o câncer
A preservação da Fertilidade também é indicada para mulheres que irão passar por tratamentos contra o câncer. Isso porque as sessões de quimioterapia, radioterapia e os medicamentos podem danificar os óvulos e comprometer a fertilidade da mulher. Se a paciente pretende engravidar, a orientação é congelar os óvulos, fazer o tratamento e tentar engravidar depois, o que aumenta significativamente as chances.
Como funciona?
A Preservação da Fertilidade é uma técnica extremamente moderna, cada vez mais buscada no mercado, inclusive por várias personalidades reconhecidas mundialmente.
Ela permite que a mulher armazene seus óvulos em quantidade e qualidade ideais para uso futuro, preservando a sua fertilidade e o direito de tomar essa decisão no seu tempo.
A mulher aplica uma injeção de hormônios na barriga, em média, por 10 dias, para estimular os ovários a produzirem a maior quantidade de óvulos. Os óvulos são retirados através do processo chamado de captação de óvulos, que utiliza uma agulha de punção para aspirar os folículos, em ambiente de laboratório e com sedação. A quantidade depende da idade da mulher, quanto mais velha, menos óvulos. Os melhores são congelados, sem prazo de validade para armazenagem. Todo o processo leva cerca de duas semanas.
O alívio de quem preservou
“Pra mim foi como tirar um peso das minhas costas, no sentido daquela pressa que eu teria pra encontrar alguém pra casar, encontrar alguém que que eu achasse que fosse a pessoa ideal pra ser o pai do meu filho. Enfim, relacionamento leva tempo pra se conhecer, pra gente saber se é isso mesmo que a gente quer. Deu tudo muito certo, consegui congelar um monte de óvulos, estão guardadinhos, me dando um pouco mais de calma pra esse momento”, concluiu Valéria Verati que depois do procedimento, tem 15 óvulos congelados.
PRESERVANDO SONHOS:
Para facilitar o acesso de todas as mulheres, o laboratório Fertliv criou o programa Preservando Sonhos , que tem como principal objetivo conscientizar e oportunizar às mulheres que desejam ser mães mais tarde uma oportunidade dessa realização utilizando os seus próprios óvulos, com redução de custos subsidiados pelo laboratório de 50% nos tratamentos e condições de pagamento diferenciadas para todas as pacientes.
Para quem é indicado:
Para as mulheres que desejam postergar a maternidade;
Para pacientes que iniciarão o tratamento de câncer ou doenças que comprometem a fertilidade;
Para pacientes com histórico familiar de menopausa precoce
Passo a passo do preservando sonhos
- Consulta com o médico: O profissional habilitado no Preservando Sonhos faz a consulta e solicita todos os exames necessários;
- Após a chegada dos exames o profissional faz um protocolo de estimulação ovariana personalizado;
- Inicia-se a estimulação ovariana através de medicações, uma etapa que dura de 10 a 12 dias, com monitoramento por meio de ultrassonografia;
- Os óvulos são coletados e congelados no laboratório FertLiv.
Preservando e multiplicando sonhos:
Um programa em que a paciente opta por doar parte dos óvulos coletados para outras pacientes que possuem o sonho de ser mães, mas não podem realizar com seus próprios óvulos. Esse gesto reduz e pode até zerar os custos do tratamento, isso porque quem recebe os óvulos, fica responsável pelas despesas do procedimento da doadora.
Assessoria