Fevereiro é o mês escolhido para falar sobre três doenças de difícil controle, que comprometem a qualidade de vida e o bem-estar dos pacientes. Estamos falando da campanha intitulada Fevereiro Roxo, que tem o intuito de conscientizar a sociedade e esclarecer dúvidas sobre lúpus, fibromialgia e Alzheimer.
Diagnosticar essas doenças é fundamental para garantir mais qualidade de vida aos pacientes, já que elas não possuem cura. “Existem casos clássicos das doenças com sintomas e sinais evidentes, outros, muitas vezes, vão precisar de um pouco mais de tempo de observação e, principalmente, ser avaliado por um profissional capacitado para chegar ao diagnóstico”, pontua a reumatologista da Unimed Campo Grande, Dra. Fernanda Takahashi.
Uma curiosidade das três patologias é que elas não possuem uma causa específica comprovada, no entanto, alguns estudos apontam prováveis motivos para o surgimento de cada uma delas.
No caso do Alzheimer, estudos mostram que a pré-disposição genética pode ser uma das causas. Já sobre a fibromialgia, sabe-se que os níveis de serotonina são mais baixos nos portadores e que desequilíbrios hormonais, tensão e estresse podem estar envolvidos em seu aparecimento. Em relação ao Lúpus, a Sociedade Brasileira de Reumatologia diz que fatores genéticos, hormonais e ambientais contribuem para seu desenvolvimento.
Principais Sintomas
Fibromialgia – dores difusas (no corpo todo), fadiga, mal-estar, cansaço, distúrbios no sono, mudanças de humor, formigamento ou sensação de frios nas mãos e nos pés, entre outros.
Lúpus – dores articulares, manchas na pele, fadiga, febre, mal-estar, perda de apetite. Também é comum ansiedade, depressão, dor de cabeça, falta de ar, irritação na pele do rosto, perda de peso, queda de cabelo, entre outros sintomas.
Alzheimer – falta de coerência na fala, perda da memória recente, além de características depressivas, de agitação e de agressividade, ou até mesmo delírios e alucinações.
Tratamento
As três doenças não têm cura definitiva, mas podem ser controladas com o uso de medicamentos e tratamento adequados.
Para amenizar os sintomas das doenças, Dra. Fernanda Takahashi explica “o mais importante é o paciente se conscientizar da sua condição, ter o entendimento de que, apesar de não ter cura, são doenças que quando tratadas adequadamente podem ser bem controladas e garantir uma vida “normal”. O acompanhamento médico e o uso medicamentos de forma regular são fundamentais”.
Em 2017, a funcionária pública e beneficiária da Unimed Campo Grande, Tiane Saab Palieraqui, 55 anos, foi diagnosticada com fibromialgia.
“Eu sentia muitas dores no corpo, mas não sabia o que era, meu braço direito doía muito quando secava o cabelo, por exemplo. Eu cansava demais sem nem fazer tanto esforço. Ao procurar uma reumatologista, relatei que sentia dores ao ponto de não conseguir dormir. Ela logo suspeitou de fibromialgia e pediu alguns exames, que confirmaram a doença”, conta.
Tiane ressalta que precisa seguir o tratamento à risca para ter um pouco de alívio nas dores. “Desde o início do tratamento faço uso de medicamento diariamente e comecei a fazer exercícios regularmente. Precisamos cuidar do emocional também, pois está ligado a tudo. Depois que comecei a me exercitar e a seguir com os remédios, deu uma suavizada nas dores, consegui até melhorar meu sono, por isso não posso largar. É uma dor difusa, então tem que persistir em bons hábitos e no acompanhamento correto com o médico para poder ter uma qualidade de vida melhor, já que é uma doença sem cura”, finaliza.
Assessoria Unimed.