Há alguns meses a Polícia Civil, por intermédio da Delegacia de Nova Andradina, vem investigando diversas ocorrências registradas em razão de postagens feitas pelo perfil do Instagram: Nova Mil Grau. A referida página divulgava diariamente conteúdo, quase sempre, misógino e com referências a vida íntima e sexual de homens, mulheres, adultos e adolescente.
Em poucos meses, foram registrados dezenas de ocorrências de crimes contra a honra de vítimas de Nova Andradina e outros munícipios da região, como Batayporã e Taquarussu. Durante investigação, constatou-se que os investigados utilizavam de dados falsos no perfil da rede social visando o anonimato e consequentemente dificultar a real identificação dos seus proprietários.
Após o monitoramento da conta e realização de diligências pautadas em uma investigação cibernética, a Seção de Investigações Gerais (SIG), da Delegacia de Nova Andradina obteve êxito em identificar a proprietária da página. A investigada já havia sido ouvida em declarações, enquanto residia em Nova Andradina, no mês de julho do corrente ano, porém negou os fatos.
Em continuidade das investigações e levantamento de novos elementos de informação, que corroboraram a autoria da investigada, a autoridade policial representou pela busca e apreensão nas residências desta. O pedido foi acatado pelo Poder Judiciário e cumprido nesta terça-feira, 10/09.
As buscas foram feitas nos imóveis da investigada e de outros suspeitos no município de Campo Grande, onde a investigada havia voltado a residir após a criação da página. Durante o cumprimento, foi localizado em um dos locais, o cônjuge da investigada, um homem de 27 anos, natural de Nova Andradina, que estava foragido da Justiça e com mandado de prisão em aberto.
Na oportunidade, foram apreendidos aparelhos celulares e notebook dos investigados, além do efetivo cumprimento do mandado de prisão do convivente da investigada proprietária do perfil na rede social. Ainda durante as diligências, ouvida novamente, a investigada mulher confessou os fatos.
A Policia Civil continua a investigação para identificar o possível envolvimento do convivente da investigada, preso nesta ocasião, e outras pessoas nos crimes praticados pelo perfil do Instagram.