É quando a cidade dorme, que uma equipe de profissionais da Águas Guariroba entra em ação em busca de um problema invisível, mas que pode gerar um enorme desperdício de água. De forma preventiva, o grupo percorre ruas de toda a cidade a procura dos vazamentos subterrâneos.
Neste mês de fevereiro, o trabalho foi intensificado no quadrilátero Central, entre a Calógeras e a Rio Grande do Sul e as avenidas Mato Grosso e Afonso Pena, onde 15 vazamentos já foram identificados. Em toda cidade, 69 ordens de serviço foram cumpridas pela equipe.
“É um trabalho de formiguinha, feito por equipes caminhando de rua em rua, com um equipamento chamado geofone em mãos, que funciona da seguinte forma: a cada 50 cm é feita uma escuta com equipamento até identificar o local onde o ruído é maior, sinalizando o lugar exato do vazamento”, esclarece a gerente de operações Francis Moreira Faustino Yamamoto.
O equipamento revela vazamentos não aparentes, superficiais e subterrâneos, o que permite que ele seja estancado antes de se tornar um problema maior, sendo uma atividade preventiva para redução de perdas.
Campo Grande tem, atualmente, um dos menores índices de perdas de água do País, de 19%. A média brasileira fica em torno de 40%, conforme o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (Snis).
Em 2023, a equipe noturna percorreu 2.362,71 quilômetros e encontrou mais de 960 vazamentos. Já o trabalho realizado durante o dia identificou 1.666 pontos na cidade, com possíveis vazamentos, uma vez que o geofone também ajuda a encontrar o ponto exato onde a água está vazando, evitando quebras de asfalto ou escavações desnecessárias.
“Funciona como uma espécie de ultrassom, que capta ruídos e vibrações de vazamentos em dutos subterrâneos, de três a nove metros de profundidade, dependendo do tamanho do vazamento. Com a redução de perdas de água, a concessionária contribui para a preservação dos recursos hídricos e ainda reduz o consumo de energia elétrica. Para os consumidores, o resultado é a melhoria da qualidade dos serviços, com redução de vazamentos e faltas de água por manutenção”, explica a ger