O Brasil alcança, este ano, 28 anos de erradicação da Poliomielite, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). A vacinação é a principal ferramenta de prevenção contra doenças como a pólio, que pode atingir crianças e adultos, atacar o sistema nervoso e provocar, inclusive, a paralisia de membros inferiores. Por isso, a Cassems faz um alerta, nesta segunda-feira (24/10), Dia Mundial do Combate a Poliomielite, para os cuidados com a imunização.
A diretora de Assistência à Saúde da Cassems, Maria Auxiliadora Budib, explica que a imunização está entre os eventos que contribuíram para o aumento da expectativa de vida da humanidade.
“Além da vacina, temos o saneamento básico e a descoberta do antibiótico. Hoje, apesar do grande debate pela vacinação contra o coronavírus, paradoxalmente, observamos uma queda nas coberturas vacinais em todos os estados brasileiros e em todas as faixas etárias. Essa não ‘ aderência’ ao calendário nacional de imunização do Ministério da Saúde está fortalecendo o ressurgimento de doenças que podem ser prevenidas, isso é preocupante”.
De acordo com Maria Auxiliadora, a vacina é uma estratégia de suma importância para evitar o adoecimento populacional. “O Brasil possui mais de 49 mil salas de vacina em todo seu território e um programa de imunização que é referência mundial. No Sistema Único de Saúde, do recém nascido ao idoso, há diferentes vacinas contra diversas doenças, esse é um direito que deve ser preservado”.
A vacinação protege o indivíduo e a comunidade na qual ele vive, conforme salienta a diretora de Assistência à Saúde da Cassems. “Ir a uma unidade de vacinação e atualizar o calendário de imunização de ‘toda a família’ é de suma importância. Precisamos aumentar o conhecimento da população, pois isso impacta na saúde de todos”.Os motivos para o alerta são vários. O principal deles é a baixa cobertura vacinal. Apesar da gravidade das sequelas provocadas pela pólio, o Brasil não cumpre, desde 2015, a meta de 95% do público-alvo vacinado, patamar necessário para que a população seja considerada protegida contra a doença, de acordo com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Maria Auxiliadora chama atenção para o possível retorno da paralisia infantil no Brasil, sequela da poliomielite. “Precisamos atingir a meta, novamente, de 95% das crianças menores de 5 anos com esquema vacinal completo. A poliomielite é uma doença séria, que pode atingir a corrente sanguínea e, então, o sistema nervoso central, causando a paralisia dos membros e, até mesmo, morte. O vírus é transmitido de uma pessoa para outra por meio de secreções e também pela água ou alimentos contaminados”.
No Brasil, duas vacinas diferentes são oferecidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para a imunização da pólio: a inativada e a atenuada. A vacina inativada deve ser aplicada nos bebês aos 2, 4 e 6 meses de idade. Já o reforço da proteção contra a doença é feito com a vacina atenuada, aquela administrada em gotas por via oral entre os 15 e 18 meses e depois, mais uma vez, entre os 4 e 5 anos de idade.
Assessoria.