Ações do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul na aldeia Amambai, no município que tem o mesmo nome. Este foi um dos assuntos debatidos no Plenário Júlio Maia pelos parlamentares durante a sessão plenária nesta manhã (29). O outro foi os investimentos na área de Segurança Pública, anunciados e parcialmente entregues pelo Governo Federal.
O deputado e 1º secretário da Casa de Leis, Paulo Corrêa (PSDB), abordou ambas temáticas, na tribuna da ALEMS. “O programa MS em Ação foi um movimento real de inclusão e cidadania feito por meio da Secretaria de Segurança Pública de Mato Grosso do Sul [Sejusp-MS] em dois dias. Em um dos dias da ação, foram emitidas 1.666 carteiras de identidades. Apoiamos a ação do Governo, por meio do trabalho que eu admiro demais do secretário Carlinhos Videira”, ressaltou.
“Há uma mudança de paradigma. Muito importante registrar esse momento aqui. Precisamos fomentar isso para facultar a todo sul-mato-grossense as ações que o prefeito de Amambai, Dr. Bandeira. Sugiro que seja estendida a todas as aldeias. Cresci ao lado da reserva dos Guatós, minha mãe foi professora na aldeia, e levamos na época, eu e o governador Zeca do PT, escola, energia solar e telefone ao local. São as gestões desde ele, passando por Reinaldo Azambuja e agora Eduardo Riedel trabalhando a cidadania”, detalhou.
O deputado Zeca do PT (PT) também elogiou a ação da gestão estadual. “Essa nobre e justa iniciativa de permitir o que foi definido pelo senhor, deputado Paulo Corrêa, como cidadania dos povos indígenas”, considerou. Zé Teixeira (PSDB) elogiou a gestão municipal. “Parabenizo e considero que essa ação feita em Amambai poderia ser estendida aos municípios mais carentes, que são os que mais precisam”, disse.
O deputado Pedro Kemp (PT) considera importantíssimo para a comunidade indígena essa inclusão. “Ação muito significativa para a comunidade indígena. O registro de nascimento e documento de identificação, com estes documentos, será possível o acesso à cidadania”, destacou.
O outro tema abordado pelo deputado Paulo Corrêa foi a visita do ministro da Justiça, Flávio Dino, ao Estado. “Representei a Assembleia Legislativa ontem, em parte do encontro, em que foi anunciado investimento de R$ 200 milhões para a cidadania, Segurança Pública e ações importantes, um exemplo é a construção de dois presídios em Nova Andradina e Jardim”, informou.
A questão da possível construção do presídio gerou um debate controverso em plenário. “Esse assunto a gente tem que levantar e debater aqui. Se não houver discussão do assunto, como haverá ressocialização. Aqui há superpopulação carcerária. Ninguém gosta de construção de presídio, mas é necessário para desafogar essa rota de crimes em Mato Grosso do Sul”, frisou Paulo Corrêa.
O deputado Lidio Lopes (Patriota) foi enfático. “Acredito que devem ser construídos nas margens das rodovias, para não causar transtornos nas cidades. Deve ser debatido com a população essa ideia”, disse. O deputado Roberto Hashioka (União), prefeito de Nova Andradina por três mandatos, também é contra a construção de uma unidade prisional no município. “Quando estive a frente da gestão, consultei a sociedade e houve uma resistência muito forte. Acabamos trazendo presos de outros domicílios para nossa cidade, construindo presídios aqui”, avaliou.
Pedro Kemp exaltou a importância do investimento da União em Segurança Pública. “Fazer segurança pública também é investir em políticas sociais”, declarou. O deputado Junior Mochi (MDB) avalia que são necessários recursos federais para melhor manutenção dos presídios que já existem. “Não só viaturas e construção de presídios, o problema é que, de cerca de 14 a 15 mil da população carcerária de Mato Grosso do Sul, metade não é daqui. É preciso repasse para os presos de competência federal”, lembrou.
Agência ALEMS.