Amizade sempre foi uma marca registrada de João Carreiro e isso é visto em diversas histórias relatadas por quem teve a honra de fazer parte de sua vida.
Prova disso é a amizade entre João Carreiro e Davilson Ventura, o primeiro Catapaz a formar dupla com o cantor. Amizade que nasceu ainda na infância e se fortaleceu ao longo dos anos. “A gente respeitava um ao outro. Nossa amizade foi abençoada por Deus”, lembrou Davilson Ventura emocionado.
Para homenagear e recordar esses tempos, Davilson é um dos convidados a cantar participar da “Comitiva JC”, um show em tributo a João Carreiro, que acontecerá no dia 12 de junho, dia dos namorados e véspera de feriado, no CLC, em Campo Grande, durante o Brasileirão de Laço Comprido 2024. No show, o amigo irá cantar uma moda de viola composta pelo próprio João Carreiro, cujo enredo resume a amizade e história entre eles. A voz e viola de João Carreiro, que foram gravadas por celular, foram recuperadas e mixadas por meio da tecnologia em estúdio, então Davilson irá cantar com essa gravação e os dois formarão mais uma vez o dueto do início de carreira.
Os dois eram amigos de infância na cidade de Cuiabá e essa amizade começou com seus avós, antes mesmo de nascerem. Davilson Ventura iniciou primeiro na música, e aos 18 anos começou a dar aulas de violão para iniciantes. “Do pouco que eu sabia, comecei a dar aulas de violão e o Joãozinho me procurou para fazer aulas comigo. Já éramos amigos, ele gostava da música e me procurou. Dei aula de violão para ele por pouco tempo, cerca de cinco ou seis meses. Tão logo percebi que ele tinha o dom da música, e às vezes fazia umas perguntas que eu confesso que não sabia responder”, comentou aos risos.
João criou, então, seu nome artístico e logo formou a dupla João Carreiro e Sony Mattos. Após o fim da dupla, convidou o amigo de infância para cantar, criando a primeira formação da dupla João Carreiro e Capataz. “Tocamos em barzinhos e festa de peão no interior de Mato Grosso, e também na capital, somente no peito, viola e violão”, afirmou Davilson Ventura
FIM DA DUPLA
A dupla chegou ao fim, pois Davilson passava por dificuldades financeiras e não pode dar sequência aos trabalhos: “Estava passando por problemas pessoais em casa e não pude seguir mais na música. Antigamente esse segmento era muito difícil para trabalhar e eu precisava ajudar a minha mãe e minha sobrinha pequena”.
Foi quando o amigo e parceiro avisou que precisava parar, explicou a situação e choraram juntos. “Eu estava fazendo aquilo porque precisava fazer, mas eu não queria parar com a dupla. Eu gostava muito do João e sei que ele sentia o mesmo por mim”.
AMIZADE
De acordo com Davilson, sempre que possível, os dois se encontravam para matar a saudade da cantoria. “João já morava em Campo Grande e eu em Cuiabá, mas sempre ia visitá-lo, passava uns dias com ele. Comecei a acompanhar o João na sua banda e principalmente nos shows acústicos. Gostávamos dos shows acústicos porque eram bastante intimistas”.