O Instituto Moinho Cultural Sul-Americano teve recorde de inscritos no processo seletivo deste ano. Ao todo, 440 crianças foram inscritas para participar da seleção de novos atendidos da instituição. Nos anos anteriores, a média de inscritos variava de 300 a 350.
O resultado da seleção, que aconteceu do dia 15 e 22 de fevereiro, será divulgado neste sábado (24), exclusivamente na recepção do Moinho Cultural, das 8h às 11h, onde será entregue a relação de documentos necessários e agendamento da matrícula.
Para participar da seleção, era necessário que a criança tivesse de 6 a 9 anos, estudasse em escola pública e a renda familiar não ultrapassasse três salários mínimos.
A formação do Moinho Cultural dura oito anos e inclui acesso a bens culturais, conhecimento tecnológico, noções de empreendedorismo e cidadania plena. O currículo inclui, entre outras, aulas de música, dança e literatura. Desde o início das atividades da instituição, mais de 23 mil crianças e adolescentes já foram atendidos.
Rita Cassiany Rodrigues foi atendida durante três anos pelo Moinho Cultural. Agora, ela voltou à instituição com a filha, que participou da seleção. “É uma emoção ter vindo trazer minha filha para participar desta seleção, da qual participei em 2009. Hoje, é uma expectativa enorme ver minha filha dentro do Moinho Cultural. Se ela passar, eu creio que ela será uma futura bailarina, que é o sonho dela. Creio que ela vai aprender muitas coisas e se desenvolver como criança e, futuramente, como profissional na área da música e do balé”, afirmou a mãe.
Para a diretora-executiva do Moinho Cultural, Márcia Rolon, o recorde no número de inscrições é um reconhecimento da própria sociedade.
“O Moinho Cultural nasceu há 20 anos aqui no Pantanal, na fronteira do Brasil com a Bolívia, com um propósito muito claro de transformar vidas por meio das artes. Com mais de 20 mil atendidos ao longo da nossa história e com o recorde de inscritos neste ano, vemos que a nossa própria comunidade reconhece todo este trabalho. Apesar de toda a experiência que já temos, não paramos. Queremos este ano ser ainda mais inclusivos e transformar ainda mais vidas”, afirma.