O Coletivo de Mulheres Artesãs da Aldeia Urbana Marçal de Souza foi selecionado para receber recurso através do chamamento público nº 24, de 9 de agosto de 2024, pelo projeto “Mulheres Indígenas: Tecendo o Bem Viver”.
O projeto aprovado foi proposto pela artesã indígena Maria Auxiliador Bezerra, representando o Coletivo, e foi intitulado “Implementação de Tecnologia Social para Criação do Instituto Cacique Enir Terena”, visa registrar a marca coletiva para o artesanato indígena Terena junto ao INPI, fruto da herança étnica terena.
Foram iniciais 123 projetos de todo o País, restando selecionados apenas 13, com o projeto campo-grandense ficando em 5o. lugar.
O projeto prioriza o fortalecimento da articulação de mulheres indígenas, promovendo encontros intergeracionais, formação de lideranças, e geração de renda. Além disso, apoia a defesa dos modos de vida tradicionais, promovendo saúde física e mental, por meio de espaços e ações culturais e profissionais.
Também busca implantar a gestão indígena com infraestrutura administrativa e formalização de assembleias locais, com o apoio do futuro Instituto Indígena Terena.
A iniciativa fomentará a sociobioeconomia, valorizando saberes indígenas e técnicas sustentáveis, promovendo inovação e desenvolvimento econômico das comunidades. O coletivo utilizará os recursos para fundar o Instituto Cacique Enir Terena, em homenagem à primeira cacique mulher do Brasil, com aquisição de forno, capacitação em associativismo, planejamento estratégico focado em Propriedade Intelectual Cultural, criação de site, ações de marketing e treinamento em artesanato Terena, entre outras ações previstas para 2025.
O projeto nasceu dentro da própria comunidade de mulheres artesãs, resgatando os valores tradicionais indígenas, e servirá de base e apoio técnico para outras aldeias urbanas e em terras indígenas, em todo o MS.
A gestão, articulação, implementação do Projeto e produção do Instituto será totalmente das próprias indígenas, e teve colaboração institucional do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul, através do Núcleo de Estudos Indígenas do Mato Grosso do Sul – IFMS e do Mestrado em Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação
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