Na última sexta-feira (9), a diretoria executiva do Sindicato dos Fiscais Tributários Estaduais (FTE) de MS – Sindifiscal/MS —, participou da última reunião do Conselho Deliberativo. O presidente da entidade, Chiquinho Assis, que deixa o cargo, mudou a imagem do FTE, investiu na comunicação e garantiu que o profissional ganhasse merecido reconhecimento no governo estadual. Hoje, os fiscais tributários representam funcionários públicos em diferentes cargos e funções e ganharam destaque na imprensa quando o assunto é economia.
Com essa diretoria, desde a eleição em 2019, houve uma mudança de chave. Com uma equipe distinta, feita por diferentes profissionais, eles resolveram se unir numa chapa. Esse processo foi o início do que se consolidou na última eleição do Sindifiscal/MS, que teve o atual diretor de Assuntos Jurídicos, Rodrigo Falco, como presidente. “Ter uma diretoria com pensamentos diferentes, com divergências, com o único consenso de fazer o melhor pela classe foi o que garantiu o sucesso que temos atualmente”, pontuou o presidente.
Nas eleições de 2022 que escolheu Falco como o próximo presidente da entidade, a consolidação veio com a criação de uma única chapa, sem disputas durante o processo.
Outro ponto foi a confiança e o entendimento da sociedade que o fiscal tributário é um profissional essencial para a garantia de direitos da população. “Éramos vistos como ‘cobradores de impostos’, somos garantidores de que os direitos da sociedade estejam garantidos. É pela arrecadação que os governos podem garantir saúde, educação e segurança”, contabiliza. Essa importância colocou os FTEs em diferentes lugares. Os profissionais participaram do processo eleitoral diretamente e foram bem votados.
Com o projeto Prefeitura Mais, a entidade colaborou sobremaneira com as prefeituras de MS. Com a análise apurada das informações conseguiu sinalizar de que forma os investimentos do recurso público poderiam ser direcionados e de que forma obter fundos para garantir a saúde financeira do município.
Essa diretoria foi afetada por uma pandemia, com fiscais que não poderiam parar suas atividades. A guerra contra o covid se deu também com recursos próprios quando a entidade se mobilizou e buscou materiais que garantisse a preservação da saúde dos companheiros que estavam nas estradas. A doença fez com que a diretoria que tinha recém assumido repensasse sua forma de atuação. Com a proibição de se reunir e o risco aos demais associados, foi preciso criar mecanismos para que o compromisso firmado fosse cumprido.
A entidade buscou a tecnologia e garantiu que os encontros e as decisões fossem realizadas em formato on-line. Esses investimentos se somaram ainda a necessidade de capacitar os associados de forma igualitária. “Temos uma maioria de associados que são aposentados, então o ideal é que eles conseguissem participar das decisões. Fizemos cursos para usar não só para esse fim, mas para que também não ficassem isolados sem poder conversar com filhos e netos”, pontuou o presidente.
A tecnologia contribuiu para dar mais transparência também às ações e contas da entidade. Os membros do Conselho Fiscal disponibilizaram a prestação de contas todas em formato on-line com fácil acesso para qualquer um dos associados. “Antes, apesar de fácil, tínhamos a distância que acabava dificultando que os associados conferissem as contas da entidade e suas delegacias e também a quantidade de papel que era impresso. Foi economia de tempo e recursos”, analisa Chiquinho.
Com esse investimento, a entidade também se beneficiou com as eleições que aconteceram no final de novembro. As distâncias e a necessidade de estar nos postos fiscais dos associados não impediu que elegesse os membros da nova diretoria, das Delegacias Regionais e do Conselho Fiscal. A eleição foi totalmente virtual. Mesmo aqueles que preferiram ir até aos locais para eleger seus representantes, o fizeram por meio do computador ou de seu smartphone. “Tivemos percalços, mas essa diretoria teve sensibilidade e inteligência para não se perder em desculpas para não garantir a entrega”, comentou Chiquinho.
Chiquinho, que disputou as eleições para deputado federal, pretende tirar um período para ficar com a família. Mas não deixará de se envolver nas decisões que garantem autonomia e representatividade à classe.
Assessoria.