Na próxima quarta-feira (19) é comemorado o Dia Mundial de Combate à Hepatite. A doença, caracterizada pela inflamação do fígado, pode ser crônica ou aguda, e acometer tanto homens como mulheres em diferentes idades.
Existem vários tipos da doença, sendo que cada uma delas pode ser causada por diferentes fatores, como infecções do fígado, excesso de bebida alcóolica, alguns medicamentos, vírus e bactérias diversos, além de algumas doenças autoimunes. No caso das hepatites virais, existem pelo menos cinco tipos e cada uma é causada por um vírus diferente. No Brasil, as mais frequentes são as hepatites A, B e C.
Tipos de Hepatite:
Hepatite A: pode ser transmitida principalmente por meio de água e alimentos contaminados, mas também por meio de relação sexual sem o uso de preservativo.
Hepatite B: causada pelo vírus da hepatite B, é transmitida de uma pessoa a outra por meio do contato com fluidos corporais, drogas injetáveis, lâminas de barbear e alicates não esterilizados, mas também por meio de relação sexual sem proteção.
Hepatite C: Seu meio de transmissão é muito semelhante ao da hepatite B e o vírus também pode ser transmitido durante relações sexuais.
Hepatite medicamentosa: Essa hepatite é causada pelo consumo excessivo de determinados medicamentos que acabam causando inflamação no fígado.
Esteato-hepatite: Caracterizada pelo acúmulo de gordura no fígado, pode resultar em um processo inflamatório do órgão com risco de evoluir para cirrose, insuficiência hepática e carcinoma hepatocelular.
Hepatite autoimune: resulta da falha no sistema imunológico, produzindo anticorpos que reagem contra o fígado.
As hepatites virais são em sua maioria, assintomáticas (não apresentam sintomas), o que reforça a importância de consultar um médico regularmente e fazer os exames de rotina que detectam a doença.
“A maioria das hepatites são assintomáticas, no entanto, quando se manifestam são caracterizados por olhos e pele amarelados, mal-estar, dor abdominal, náuseas, perda de apetite, febre baixa e urina escura”, destaca a gastroenterologista e hepatologista da Unimed Campo Grande, Dra. Luciana Araújo Bento.
Para evitar a hepatite, a especialista diz que é essencial evitar os fatores causadores. “Além de estar atento aos fatores que causam a doença, o diagnóstico precoce é essencial para evitar que a hepatite evolua para um caso mais grave, como a cirrose ou insuficiência hepática”, explica.
Dra. Luciana ressalta ainda que para as hepatites A e B existem vacinas. “Para as hepatites virais A e B, temos vacinas, que são diferentes para cada uma delas. Infelizmente, ainda não temos imunização contra a hepatite C”, pontua.
A médica finaliza lembrando que é possível tratar todos os tipos de hepatite. “Todas elas podem ser tratadas e, por vezes, tem cura, mas para isso, é preciso que um hepatologista ou infectologista faça o diagnóstico e prescreva o tratamento mais adequado para cada caso”
Comunicação Unimed.