Com a divulgação dos dados mais recentes sobre a incidência de dengue, chikungunya e zika no Brasil, o Ministério da Saúde lançou uma nova campanha de combate ao mosquito aedes aegypti, responsável pela transmissão dessas doenças. Neste ano, houve expressivos aumentos nos números de notificações. Até o fim de abril, em relação ao mesmo período de 2022, elevou em 289% os registros de zika , em 40% de chikungunya e 30% de dengue. No total, são aproximadamente 992,7 mil casos prováveis.
Segundo informação do Ministério da Saúde, podem ter contribuído para esse crescimento a variação climática e o aumento das chuvas no período em todo o país, o grande número de pessoas suscetíveis às doenças e a mudança na circulação de sorotipo do vírus.
O infectologista e consultor médico do Sabin Diagnóstico e Saúde, Dr. Marcelo Cordeiro, reforça a importância de medidas simples que podem ser adotadas por toda a população. “O objetivo é evitar locais que possam ser favoráveis ao acúmulo de água parada, ambientes onde o mosquito nasce, se desenvolve e reproduz. Portanto, manter calhas limpas, caixas d ́água bem vedadas, colocar areia nos pratinhos dos vasos das plantas, virar garrafas de cabeça para baixo e descartar lixos, entulhos e pneus em locais adequados são ações decisivas para evitar a proliferação do mosquito”, destaca.
O diagnóstico da doença pode ser feito por meio de diferentes exames, com resultado em até 1 dia útil conforme explica o médico. “No Grupo Sabin temos três tipos de exames: o teste rápido para antígeno dengue (NS1, anticorpos IgG e IgM), com resultado em até 1 dia útil; a detecção e tipagem do vírus da dengue por PCR, com resultado em até sete dias úteis; e o PCR combo, para a detecção de três vírus – dengue, zika e chikungunya – com resultado em dois dias úteis”, explica Marcelo Cordeiro.
De acordo com o especialista, dentre os exames disponíveis para detecção da doença, o PCR Combo oferece o diagnóstico mais amplo. “Ao usar a técnica molecular de RT-PCR quantitativo, o teste tem a vantagem de identificar nos primeiros dias da doença, qual dos três vírus acomete o paciente, sem a necessidade de pedir ou fazer reações em separado para cada uma. Ou seja, com uma única picada é possível pesquisar os 3 vírus”, destaca.