Um abraço apertado, almoços em família, colo de avó, reuniões de amigos, estar por perto, fisicamente, de quem amamos. Com os cuidados de biossegurança, necessários, frente à pandemia da Covid-19, o distanciamento é necessário e a saudade inevitável, mas, graças a ela, a criatividade falou mais alto e estratégias para amenizar a falta de familiares e amigos foram criadas.
Para o sentimento, que ganha mais força ainda ultimamente, tem até data: 30 de janeiro, próximo sábado, comemora-se o Dia da Saudade. Sobre isso, Matheus Henrique Alves, colaborador da Unimed Campo Grande, conta, sem hesitar, que com certeza a pessoa que ele mais sente falta neste momento é da avó dele.
“Devido à pandemia não tivemos a possibilidade de ir até a nossa cidade natal, que é Uberaba em Minas Gerais, para poder estar com ela e meus parentes. Não fomos às festas de fim de ano, optamos por ficar aqui em Campo Grande, devido a esse período, então isso foi diferente da rotina de todos os anos e isso faz com que a saudade aumente”, relata Matheus.
Mas a falta do aconchego e carinho de avó fizeram com que Matheus, junto à irmã e mãe, encontrassem logo uma maneira de compartilhar momentos em família, amenizando a falta da presença física entre eles.
“Com a minha avó temos contato direto, por ligações ou chamadas de vídeo. Sempre damos um jeito de conversar com ela de algum jeito. A tecnologia tem sido a principal ferramenta que nos auxilia a amenizar um pouco a saudade. Não estar perto dela é de certa forma diferente, porque o fato de estarmos longe fisicamente significa que queremos protegê-la. A pandemia fez com que tomássemos atitudes como essa por proteção e por amor. É muito difícil essa distância, não vou negar, sinto muito a falta dela, mas essas alternativas tecnológicas nos ajudam a estar próximos de alguma forma” diz Matheus.
Datas importantes, que marcam o calendário da família, também já foram comemoradas com as adaptações. “No Ano Novo ela esteve presente. Fez parte da virada do início ao fim, desde a ceia até a passagem de ano. Só faltou o abraço, que dessa vez foi virtual. Ano passado praticamente todas as datas importantes fizemos isso, tudo por vídeochamada. A ideia surgiu no momento que vimos que ela estava sozinha, então encontramos uma maneira de estarmos presentes, mesmo que com essa distância física”.
O colaborador finaliza com um aprendizado que deseja para todos futuramente: “que possamos aprender que hoje em dia amar é também estar um pouco distante para respeitar e estar pensando no próximo. Que esse presente seja um reflexo para o nosso futuro e quando a pandemia passar possamos aprender a valorizar cada pequeno detalhe, um abraço e a proximidade com as pessoas que amamos”.
Estratégias de contato na pandemia
Mariela Nicodemos, psicóloga da Unimed CG, conta que há estratégias para manter o contato neste período de pandemia. “Como fazemos isso hoje, entendendo que neste momento de pandemia, por uma questão de saúde e prevenção, não podemos estar fisicamente perto de quem amamos? A saudade machuca, mas criar estratégias de enfrentamento à essa realidade também são fundamentais para nos manter saudáveis”.
De acordo com a psicóloga, estar perto de quem amamos é fundamental para o equilíbrio das emoções e essencial para saúde, por isso Mariela separou dicas de como se fazer presente neste Dia da Saudade, mesmo de longe:
● Escreva uma carta
● Estacione o carro em frente à casa de quem ama e tenha contato de longe
● Faça uma vídeochamada
● Deixe um presente na porta da casa de quem sente falta
● Mande uma mensagem de áudio
● Prepare uma comida gostosa e, com todos os cuidados de higiene, deixe no portão da casa de quem ama
● Revele uma foto especial
● Produza, com as próprias mãos, um presente que represente todo amor e cuidado pela pessoa
“Respeitar o isolamento é mais que um ato de consciência, relacionado a segurança, saúde e prevenção à Covid-19, é um ato de amor ao próximo e de amor próprio”, finaliza a psicóloga.
Assessoria.